Folha de S. Paulo


Declaração da presidente Dilma sobre legitimidade é até ofensiva, diz leitor

A presidente Dilma deveria envergonhar-se da sua afirmação sobre "legitimidade" do voto que conquistou por meio de verdadeiro "estelionato" eleitoral patrocinado pelo enorme sangramento da Petrobras (Ninguém tira a legitimidade do meu voto, afirma Dilma). Essas declarações são até ofensivas, pois parece que ninguém está vendo o que ocorre no país.

MARIO ROMANO FILHO (Ribeirão Preto, SP)

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Roberto Stuckert Filho/PR
A presidente Dilma Rousseff participa de evento do Minha Casa, Minha Vida em Boa Vista (RR)
A presidente Dilma Rousseff participa de evento do Minha Casa, Minha Vida em Boa Vista (RR)

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O ódio ao Bolsa Família está presente no discurso daqueles que criticam o PT e apoiam o impeachment. Num belíssimo trabalho publicado recentemente ("Dinheiro, Liberdade, Democracia - Conceitos do Bolsa Família)", Homero Santiago, professor de filosofia da USP, afirma que, neste ano, 25 milhões de famílias estão sendo atendidas pelo programa, um a cada quatro brasileiros. Deixar claro a dimensão da nossa miséria talvez seja o principal motivo do ódio de uma classe média que gostaria de morar numa enorme Higienópolis.

PAULO HENRIQUE FERNANDES SILVEIRA, professor da Faculdade de Educação da USP (São Paulo, SP)

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Senhora presidente, não se pretende tirar a legitimidade do voto que a elegeu. O que se deseja é que a senhora honre e valorize o voto que recebeu e respeite os que não lhe deram o voto.

LUIZ NUSBAUM (São Paulo, SP)

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Dilma invoca uma legitimidade relativa, já que o voto dado baseou-se numa mentira. Líderes políticos da situação e oposição não se entendem e não apresentam um plano de ação alternativo para dar curso a governabilidade. Lideranças civis fazem nos jornais um chamamento ao equilíbrio aos políticos, pedindo ordem e progresso. E o povo segue no chamamento de um governo e de uma política que façam sentido e cumpram suas reais responsabilidades. Enquanto nada se define, a política caminha ao sabor do vento e a população sofre com a turbulência.

SERGIO HOLL LARA (Indaiatuba, SP)

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Collor (argh) foi eleito legitimamente pelo voto e foi retirado legitimamente do poder pelo voto. Pergunto: Qual é a diferença, dona Dilma ?

NELSON APOCALIPSE (Itanhaém, SP)

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A argumentação do presidente do PT, Rui Falcão, e da própria presidente Dilma de que o simples fato de ela ter sido eleita pelo voto popular dá legitimidade à sua permanência no poder é pífia e obtusa. A via democrática não autoriza um presidente eleito a ser incompetente, mentiroso, "pedalar" números ao bel prazer e conduzir o país à bancarrota. O Brasil pertence aos brasileiros. Não é propriedade permanente de nenhum presidente ou partido.

LUCIANO HARARY (São Paulo, SP)

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O artigo Somos Todos Câmara, do deputado Eduardo Cunha, representa uma afronta à inteligência do leitor. Será que, de fato, ele acredita que não percebemos suas manobras políticas? Manobras que só visam fragilizar o Executivo, agravar a realidade econômica do país e que, de forma alguma, condizem ao que se espera de um parlamentar sério. A mudança de postura é urgente "porque o povo merece respeito", como o próprio Cunha já reconheceu, mas não praticou.

RENATA BATISTA MONTEIRO, jornalista (Macaé, RJ)

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André Singer contribui –de maneira infeliz– para atiçar o clima de flá-flu vigente no ambiente político do país ("Samba da política doida", "Opinião", 8/8). Aconselha a presidente Dilma Rousseff: se for para cair, caia pelos bons (?) motivos. Mais: compra o discurso de campanha, de que o adversário da eleição passada é que faria o programa econômico em vigor.

ANTONIO DELFINO C. ARAUJO (São Paulo, SP)

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Grotesca é a charge de Angeli. Ela não procede e é infeliz. Nem o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso nem o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, merecem essa zombaria. No mínimo, o cartunista deve estar estrábico.

NELITA MELLO (São Paulo, SP)

Angeli
Charge - Publicada na quinta-feira, 6 de agosto de 2015
Charge - Publicada na quinta-feira, 6 de agosto de 2015

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Sempre ácido e contundente, Angeli errou feio na charge ao comparar o ex-presidente FHC ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. FHC foi muito elegante ao recusar a proposta desesperada de conversar com o governo atual. Não há a menor base de comparação entre ele e Cunha.

ALESSANDRO PINESSO (São Caetano do Sul, SP)

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