Ana Maria Gonçalves ('Blackface', o racismo no teatro ) externa de maneira didática a opressão histórica sofrida por negros nas artes. Espanta o caso de um negro proibido de contracenar com uma loira no Theatro Municipal do Rio. Lembro outro fato histórico: a novela "A Cabana do Pai Tomás" (1969), em que o pai Tomás, negro, foi interpretado por um Sérgio Cardoso pintado, mesmo com Milton Gonçalves no elenco.
JAMES AKEL (São Paulo, SP)
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| Atores do grupo Os Fofos encenam usam maquiagem blackface na peça "A Mulher do Trem" |
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A escritora Ana Maria Gonçalves criticou a ausência de negros nos meios de comunicação do país, pois entre 555 colunistas e blogueiros, de oito dos principais veículos da imprensa nacional, apenas 6 são negros.
Disse ainda que o debate sobre racismo ocorre longe da maioria da população, a quem, no dia a dia, ele não afeta nem interessa. Felizmente, isso simplesmente significa que nossa população não é racista, graças a Deus.
A escritora mencionou que a estudante de arquitetura Stephanie Ribeiro, de 21 anos, integrante do movimento "blogueiras negras" disse: "É inconcebível que o blackface continue a ser usado. Para os negros, o uso dessa técnica está associado a um histórico de opressão".
Essa polêmica acabou suspendendo a apresentação da peça "A Mulher do Trem", na qual uma empregada usava blackface.
Aí perguntamos, e se a serviçal fosse uma atriz negra, seria diferente a reação da blogueira Stephanie? Certamente não, ela então diria que negro sempre faz papel de personagem pouco importante. Foi citado, também, que Abdias do Nascimento em 1944 fundou Teatro Experimental do Negro. Resumindo, tanto Ana Maria, Abdias e Stephanie foram bem racistas, aliás Stephanie é um nome bem comum entre as brancas. Resumindo, racistas e contra-racistas racistas são. Quanto a mim, na Globo adoro ver a Mulher do Tempo, uma graça de mulher negra, com um cativante sorriso.
JOÃO HENRIQUE RIEDER (São Paulo, SP)
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