Folha de S. Paulo


Leitores comentam entrevista de Dilma

Corajosas e fortes as palavras da presidenta Dilma Rousseff (Eu não vou cair, isso aí é moleza, afirma Dilma). Boatos não derrubam um presidente numa democracia madura e séria. É lastimável que tenhamos uma oposição cujo principal objetivo seja derrubar quem está no poder. A oposição não apresenta alternativas para o país superar a crise que atravessa. Políticos do bem devem somar esforços pelo Brasil, deixando de se comportar como meninos mimados, que choram e esperneiam quando não conseguem o que querem.


JOSÉ RODOLPHO PERAZZOLO, advogado (São Paulo, SP)

Pedro Ladeira/Folhapress
Presidente Dilma Rousseff durante entrevista para a Folha, no Palácio do Planalto
Presidente Dilma Rousseff durante entrevista para a Folha, no Palácio do Planalto

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A crise é, sobretudo, inflada pela oposição. Não estou disposto a ver o meu voto e o de milhões de brasileiros anulados pelos aventureiros e golpistas de plantão, inconformados com a derrota nas urnas.


GILBERTO HELENO (São Paulo, SP)

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Com baixa aprovação popular e os julgamentos futuros de suas contas no TCU e da campanha eleitoral no TSE, somados aos desdobramentos da Operação Lava Jato, seria interessante saber em que se materializa a certeza da atual presidente. Num possível processo de impeachment, no momento de um ajuste fiscal que já começa a causar perdas das conquistas sociais dos 40 milhões que ascenderam à classe média nos últimos anos, quem iria para as ruas defender Dilma?


PEDRO VALENTIM (Bauru, SP)

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Dilma mostra toda a sua arrogância, achando-se inatingível pelas leis que regem afastamento de ocupantes de cargos em uma plena democracia. Das pedaladas à Petrobras, existem motivos suficientes para justificar seu afastamento pelo "conjunto da obra".


OSVALDO CESAR TAVARES (São Paulo, SP)

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O processo de linchamento da nossa presidente chegou ao extremo, claro está que não é defensável os atos cometidos pelo seu partido e por outros partidos envolvidos em corrupção, mas ler e ouvir o ex-presidente FHC, com ares de santarrão dizer que nunca se roubou tanto na história deste país (que pode até ser verdade, mas a honestidade não pode ser medida pelo volume de roubo)? Não se pode esquecer da compra de votos da reeleição, do episódio do Banco Opportunity, da Siemens, da Alston etc, senão é o roto falando do rasgado.


NILTON NAZAR (São Paulo, SP)

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A presidente Dilma Rousseff foi bem clara em sua entrevista na Folha, se não houver provas que a incriminem não existe motivo para seu impeachment ou renúncia. Um dos princípios do direito é: cabe ao acusador o ônus da prova, se quem acusa não conseguir provar de forma consistente, ela tem toda razão.


ANDRÉ PEDRESCHI ALUISI (Rio Claro, SP)

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Dilma utilizou as seguintes palavras em sua entrevista: queda, suicídio, luta, medo, golpe, temor, trauma, tortura, morte, culpa, julgamento, propina, supermulher, delator, provas, dentre outras. Afirmou ainda: "Eu não vou cair. Isso é moleza." A presidente está visivelmente acuada, perdeu o norte. Dilma não tem apoio popular, tem uma situação econômica muito complexa para administrar, tem graves divergências dentro do PT, tem obstáculos vigorosos dentro do Senado e da Câmara, escândalos de corrupção, denúncias de dinheiro sujo para a campanha, pedaladas fiscais, dentre outras. Os brasileiros nunca imaginaram ver o país numa situação de tanta desordem.


JOSÉ CARLOS SARAIVA DA COSTA (Rio de Janeiro, RJ)

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Tudo indica que Dilma deve continuar no poder até se dissolver. Se for impedida, quem entrar em seu lugar terá de tomar medidas muito duras para ajustar a economia e isto será sopa no mel para Lula voltar em 2018. Que ela fique até o fim do mandato. Com Lula tendo que sustentar seu poste, seu prazo de validade vencerá rapidamente. Caso não, voltará com tudo! Não apresse o rio, ele corre sozinho.


ELIANA FRANÇA LEME (São Paulo, SP)

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