Folha de S. Paulo


Leitores comentam votação na Grécia, que rejeitou a proposta dos credores

O que houve na Grécia é mais um exemplo do que já tinha acontecido (Nas urnas, Grécia diz 'não' a acordo), como contra os persas ou, mais recentemente, contra a Itália de Mussolini. Não à submissão, contra o poder econômico e contra a mídia. Agora, se quiserem, os europeus que aceitem as regras da Grécia ou se afundem com o fim do Eurogrupo, que é a favor dos mais ricos.

THEODOROS ANASTASSIADIS (Itapetininga, SP)

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Yannis Behrakis/Reuters
Gregos comemoram resultado do plebiscito, em Atenas
Gregos comemoram resultado do plebiscito, em Atenas

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Somos orientados a evitar dívidas que comprometam nossas possibilidades de pagamento. O mesmo se passa com os países –projeção macro do gasto caseiro. Os gastos de um governo, porém, não saem do bolso de quem autoriza a despesa. A possibilidade de cobrir rombos orçamentários com aumento de impostos é uma constante tentação. Essa presunção leva facilmente à conduta irresponsável de gastos. Gregos, venezuelanos, argentinos e nós, em passado recente, sabemos o que isso significa e sofremos as consequências dos desatinos.

SERGIO HOLL LARA (Indaiatuba, SP)

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A rejeição pela Grécia do programa de mais austeridade para economia grega remete para os historiadores os acontecimentos logo após término da 2ª Guerra Mundial. Devastada a Alemanha, a grande derrotada do conflito, criou-se o Plano Marchall, que socorrendo a economia da grande potência, bem como da Europa como um todo, equacionou em poucos anos tais problemas macroeconômicos do velho continente. Certamente é isso que esperam e apostam os gregos, que hoje se recusam a maiores sacrifícios face aos erros das lideranças econômicas da região.

JOSÉ DE ANCHIETA NOBRE DE ALMEIDA, advogado e historiador (Rio de Janeiro, RJ)

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Parabenizo o povo grego pela vitória do "não" no plebiscito realizado no domingo. Os gregos não aceitaram as ameaças e as chantagens e não se dobraram aos especuladores, rentistas e banqueiros. Mostraram uma grande dignidade e são um exemplo para o resto do mundo. Tudo tem consequências na vida e não existe almoço grátis, mas o povo grego mostrou que há certos valores e princípios que não estão à venda. Se for para cair, que seja de pé e de cabeça erguida. Viva a Grécia!

RENATO KHAIR (São Paulo, SP)

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Na hora da festa todo mundo dança junto, se abraça e aproveita o lazer. Na hora que a situação aperta, os "amigos" somem, e você fica sozinho.
A Grécia está sozinha. A Grécia não se comportou conforme os protocolos europeus determinam.

JOSÉ CARLOS SARAIVA DA COSTA (Rio de Janeiro, RJ)

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