Folha de S. Paulo


Sem delações, escândalo da Petrobras estaria na estaca zero, diz leitor

Dilma declarou que não confia em delatores, para desmentir as declarações de Ricardo Pessoa (Dilma diz que não respeita delator e rejeita acusações), segundo as quais as campanhas dela e de Lula receberam doações irregulares. Confesso que também não confio em delatores até provarem a consistência do que dizem. Mas os delatores sabem que sua eventual pena sofrerá acréscimo se mentirem. O mais sensato é aguardar a conclusão das investigações para o esclarecimento da verdade, evitando prejulgamentos.


JOSÉ AMORA MOREIRA (Uberaba, MG)

Zanone Fraissat - 14.nov.2014/Folhapress
O presidente da UTC, Ricardo Pessoa
O presidente da UTC, Ricardo Pessoa

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Equivoca-se a presidente ao equiparar a delação na época da ditadura com a instituição jurídica da delação premiada, visto que aquela era obtida por meio de coação e tortura e esta é obtida sob as garantias constitucionais da ampla defesa, do contraditório e do devido processo legal.


JOÃO ANTONIO MARCHI (São Paulo, SP)

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Alguém deveria explicar a Dilma que o delator nada mais é que um criminoso preso que resolveu confessar seus crimes para obter alguma diminuição na pena e desarticular o resto da quadrilha. Não há motivo algum para que um delator seja respeitado, como também não se respeitam os criminosos. Se não houvesse o recurso da delação premiada, o escândalo da Petrobras estaria na estaca zero e tudo continuaria às mil maravilhas para os criminosos.


MÁRIO BARILÁ FILHO (São Paulo, SP)

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Tornar as denúncias públicas antes de concluídos os levantamentos, por mais democrático que seja, causa danos aos envolvidos, ao processo e à própria sociedade. Se o acusado realmente tiver praticado os delitos, ao saber-se alvo de denúncia, poderá destruir provas. Se a acusação for mentirosa, ele sofrerá um prejuízo irreparável em sua imagem, que não se recuperará nem que seja provada a inveracidade. Como são ministros, parlamentares e outras figuras de destaque, o simples ato de terem que "administrar" a situação os afasta de suas funções. Os vazadores têm de ser punidos para não pôr a perder o trabalho de combate à corrupção.


DIRCEU CARDOSO GONÇALVES, dirigente da Associação de Assistência Social da PM-SP (São Paulo, SP)

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