Folha de S. Paulo


Leitores comentam colunas de Pondé e Gregorio Duvivier sobre cristianismo

Luiz Felipe Pondé surpreendeu muitos com bela lição de tolerância (A linda transexual crucificada). É verdade que não poupou de sua ironia os "inteligentinhos" etc. Qual Nelson Rodrigues, Pondé granjeia admiradores ao demonizar seus arquétipos, mas acaba também crucificado por boa parte da inteligência. Ao reconhecer que ele pode, às vezes, escrever direito por linhas tortas, assumo o risco de sofrer alguma represália, mas não resisto ao desafio do debate que vá além dos tabus.

EDUARDO MUYLAERT (São Paulo, SP)

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Avener Prado/Folhapress
A atriz Viviany Beleboni simula crucificação na Parada Gay
A atriz Viviany Beleboni simula crucificação na Parada Gay

Apesar da minha discordância ideológica, concordo com Pondé. A crucificação foi um protesto, simples liberdade de expressão, em face da homofobia e da violência perpetrada contra o grupo LGBT pelos falsos moralistas e hipócritas por meio do fundamentalismo religioso cristão.

PAULO SÉRGIO CORDEIRO SANTOS (Curitiba, PR)

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Fantástico o texto Querido pastor, de Gregorio Duvivier . Com clareza e objetividade, coloca o dedo na ferida dos falsos profetas que pregam a fé, mas disseminam o ódio. O humor certeiro revela a hipocrisia escondida debaixo do véu do suposto cristianismo. O artigo é essencial para despertar a consciência crítica dos brasileiros que, enganados, lotam as igrejas descompromissadas com a verdadeira religião da fé, esperança e caridade.

ROSA GODOY (São Paulo, SP)

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Gregorio Duvivier, não é sem motivo que os pastores evitam olhar tanto para baixo como para o interior de si mesmo. Não o devem fazer para não depararem com a própria imoralidade. Conservam com isso uma fachada de moralistas incorruptíveis e guardiões da moral e dos bons costume.
Como surgiram esses líderes autoritários e intolerantes, que conduzem com aptidão rebanhos submissos e míopes? Não são essas ovelhinhas que lhes conferem o domínio de um suposto saber e a certeza de que são donos de uma verdade absoluta e imutável? Não são elas que seguem religiosamente o cajado desses pastores, sem se darem ao trabalho de passar pelo complicado exercício do pensamento, da dúvida ou do questionamento?

ANETE ARAUJO GUEDES (Belo Horizonte, MG)

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Não há modo de não comentar as duas colunas espetaculares na forma e profundas no conteúdo –do Pondé e do Duvivier. Elas falam de intransigência, de intolerância, de preconceito, de discursos que se anulam nas ações, de ignorância, de ódio e de medo. É paradoxal (será mesmo?) que o amor do discurso se transforme em violência e ódio nas ações. É ainda mais paradoxal, que em pleno século 21, num Brasil repleto de graves problemas, enormes desigualdades e maiores desafios ainda, que gente "pensante" dedique tanta energia para desqualificar a escolha alheia. Quem vai para a cama com quem é um tema privado, que não diz respeito à religião, e só diz respeito à política, quando esta deveria garantir as liberdades individuais de cada cidadão.

GUSTAVO A J AMARANTE (São Paulo, SP)

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