Folha de S. Paulo


Conservadores confundem opções individuais com as do Estado, diz leitor

Perfeito sobre todos os aspectos o editorial Submissão, que aponta o avanço das articulações das bancadas conservadoras na Câmara, sobretudo a dos xiitas evangélicos e a da bala. Em pleno 2015, em um Estado dito laico, ainda persistem atos de cunho religioso que apontam para o atraso nos costumes de uma nação. Confundem opções religiosas individuais com as do Estado. Este tem que cuidar do bem-estar de todos, independente de crenças religiosas.


LUIZ ROBERTO PERES (Bauru, SP)

Ed Ferreira/Folhapress
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, durante sessão deliberativa
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, durante sessão deliberativa

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Não podemos nos esquecer de que essa "onda evangélica xiita" é resultado da total falência do sistema educacional brasileiro.


LUTHERO MAYNARD, jornalista (São Paulo, SP)

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Respeitosamente, discordo totalmente do editorial. Se há submissão no Brasil, é ao pensamento politicamente correto de viés esquerdizante. Quem ousa criticá-lo toma pancada impiedosamente, na imprensa ou nas redes sociais.


ROGÉRIO MEDEIROS GARCIA DE LIMA, desembargador do TJ-MG (Belo Horizonte, MG)

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Em nome de mais de 50 milhões de brasileiros, eu gostaria de repudiar o editorial da Folha e corrigir a afirmação de que a Bíblia "pouco tem a contribuir para a coexistência entre indivíduos numa sociedade civilizada e plural". A Bíblia é a palavra de Deus inspirada e, se não fosse pelos seus ensinamentos, não existira uma sociedade digna, honesta, plural e civilizada.


CLAUDIO GERIBELLO, presidente da Conferência Nacional das Igrejas Evangélicas do Brasil (São Paulo, SP)

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Em seu impecável editorial "Submissão" a Folha efetuou uma análise crítica perfeita dos dilemas atuais de nossa sociedade devido a demanda recorrente e visível por um governo que lhes conduza com pulso firme a um radicalismo pra lá de obsoleto. Talvez, o que tenha contribuído para o retorno dessa insensatez tenha sido o ódio visceral contra um governo que se denominou "esquerdista" ou "progressista", mas que na verdade se revelou incompetente para gerir o país, além de promover um vergonhoso desvio de bens públicos, com o consequente enriquecimento ilícito de muitos dos seus comparsas. Mesmo com todas as justificativas possíveis, tornou-se evidente a propensão da maioria da população por um retrocesso semeado de autoritarismo obscurantista, como bem demonstrou a bancada evangélica nos últimos tempos.


ANETE ARAUJO GUEDES (Belo Horizonte, MG)

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Onde o editorialista está vendo ''um espírito crescente de fundamentalismo'' aqui no Brasil? Só porque rezaram o pai-nosso o ateu se sentiu ofendido? E depois fala na coexistência entre indivíduos numa sociedade civilizada e plural? Não está havendo contradição? O Brasil é um país, talvez único no mundo em que todas as religiões convivem pacificamente. Essa minoria que não aceita que a maioria tenha um Deus em quem acreditar deveriam ficar quietinhos e não ficar falando besteiras de quem acredita na Bíblia ou no Corão.


CLAUDIR JOSÉ MANDELLI, engenheiro (Tupã, SP)

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O editorial "Submissão" trouxe um retrato fidedigno da dinâmica social brasileira hoje, vista a partir do Congresso Nacional. Como nosso parlamento é formado, pelo menos teoricamente, por representantes do povo, temos lá um cadeidoscópio de interesses diversos. Apesar de ser assustador visualizar que um Eduardo Cunha, que representa setores nefastos, esteja hoje na presidência da Cãmara dos Deputados, tenho a certeza de que nunca nos submeteremos a políticas totaitárias, mesmo que revestidas de apelos sedutores, como o religioso e o moralista. E isso por um simples fator: a pluralidade da composição da nossa sociedade, seja do ponto de visa étnico, cultural ou ideológico. A pluralidade é a nossa defesa contra a unanimidade burra. Ainda bem que a temos.


JOSÉ ELIAS AIEX NETO, (Foz do Iguaçu, PR)

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