Folha de S. Paulo


Leitores comentam sobre a favela que cresce a 17 km do Palácio do Planalto

A Chácara Santa Luzia é retratada como sendo um quintal –miserável– do Planalto, a área mais rica do país (Favela cresce a 17 km do Palácio do Planalto). Na realidade, todas as cidades-satélites, que circundam a Ilha da Fantasia, são também quintais do Planalto, pois abrigam os empregados que servem às elites, os moradores de Brasília. Se os quintais próximos estão assim, imagine os mais distantes.

NELSON CARVALHO (São Paulo, SP)

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Pedro Ladeira/Folhapress
Invasão Chácara Santa Luzia, a 17 km do Palácio do Planalto
Invasão Chácara Santa Luzia, a 17 km do Palácio do Planalto

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O governo dizia numa extensiva campanha publicitária que "país rico é país sem pobreza" e, a apenas 17 km do Palácio do Planalto, cerca de 12 mil pessoas vivem na extrema miséria. Vemos mais uma vez que tudo não passou de propaganda criada por marqueteiros que se preocupam somente em ganhar eleições enquanto muitos brasileiros continuam a viver em bolsões de pobreza e em condições sub-humanas. A mentira tem perna curta.

CLAUDIR JOSÉ MANDELLI (Tupã, SP)

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Pedro Ladeira/Folhapress
Chácara Santa Luzia
Chácara Santa Luzia

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A foto central da "Primeira Página" é emblemática. A 17 km da sede do governo, a foto flagra cerca de 13 crianças de tenra idade, ao lado de duas mulheres, ambas parecendo grávidas, na favela, sem água potável, luz e esgoto. Em milhares de outras favelas, fotos iguais poderiam ser batidas.
Quando é que os nossos poderes constituídos deixarão de olhar para o próprio umbigo e investirão em um mínimo de planejamento familiar, com assistência de profissionais? Que tal cortar o incentivo à paternidade irresponsável, estudando até mesmo uma espécie de sanção, como limitar benefícios para quem se compraz em colocar no mundo filhos aos montes, quando não consegue nem manter a si próprio?
Sem as mínimas condições de sobrevivência, sem escola, sem saúde, esta imensa população tem, no tráfico de drogas e nos crimes patrimoniais, o único caminho para assegurar sua sobrevivência.
Com 13, 14 anos, já são mães ou pais. E o círculo "vicioso" continua. Até quando?

JOSÉ DALAI ROCHA (Belo Horizonte, MG)

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