Folha de S. Paulo


Leitores comentam derrota de reforma política proposta por Eduardo Cunha

É preciso encontrar um meio de o custo da campanha eleitoral (Câmara rejeita bandeiras de Cunha para reforma política) ser explicado sem gerar um escândalo e os eleitos não precisarem praticar escambo de votos e cargos. Os partidos deveriam assumir posições claras sobre os assuntos de interesse nacional e divulgá-las, justificando-as. Isso nos ajudaria a ter agremiações e políticos mais respeitados e em condições de efetivamente representar a sociedade, longe de serem vistos como defensores apenas de seus próprios interesses.


DIRCEU CARDOSO GONÇALVES, dirigente da Associação de Assistência Social da PM-SP (São Paulo, SP)

Ed Ferreira/Folhapress
Sessão no plenário da Câmara dos Deputados, sob o comando de seu presidente, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para votação da reforma política
Sessão no plenário da Câmara dos Deputados, sob o comando de seu presidente, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para votação da reforma política

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A sociedade brasileira perdeu mais um "round" da luta pelo aperfeiçoamento das regras político-eleitorais. O sistema proporcional está claramente esgotado; as manifestações de 2013, somadas às de março e abril deste ano, deixaram claro o "gap" existente entre a vontade do eleitor e a de seus (supostos) representantes no Parlamento. O modelo distrital misto mereceria uma chance de ser experimentado. Uma pena a Câmara ter deixado escoar essa oportunidade de ouro para lapidar o sistema eleitoral.


SILVIO NATAL (São Paulo, SP)

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Está na hora de colocar em pauta a diminuição do número de deputados federais. Atualmente são 513 deputados, poderiam ser em torno de 360, com representatividade proporcional à população dos Estados. Isso reduziria o número de partidos, a confusão e os gastos no Congresso. O efeito cascata nas Assembleias Legislativas e Câmaras de Vereadores seria uma consequência positiva.


JORGE ANTONIO DEGRAZIA SARTURI (Macaé, RJ)

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É da maior importância que nossos congressistas deixem clara a independência entre os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Não podemos admitir que os juízes do STF sejam indicados pelo Executivo e aprovados pelo Legislativo. Também que sejam definidas atribuições e limites aos Poderes Executivo e Legislativo. Caso os eleitos para o Legislativo queiram se candidatar ao Executivo, obrigatoriamente deverão renunciar ao mandato, não apenas se licenciarem.


PÉRICLES CAPELLO CRUZ (Atibaia, SP)

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Basta de sermos levados a reboque de Congressos fajutos, que só servem para adiar nossas vontades. Foi assim nas Diretas-Já e foi assim na reeleição. Sou contra a reeleição e sou libertário.


FILIPE DIWAN, advogado (Santos, SP)

Felizmente a Câmara dos Deputados rejeitou a ideia absurda do presidente da Casa, Eduardo Cunha, de instituir o chamado "distritão". Não tenho dúvida de que o distrital-misto seria uma alternativa mais do que recomendável para aperfeiçoar o nosso modelo de representação. Porém, o fato de Cunha sofrer uma derrota no plenário já mostra que ditadura no Brasil, nunca mais!


WILLIAN MARTINS, publicitário (Guararema, SP).

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