Folha de S. Paulo


Alguém ainda discorda da redução da maioridade penal?, pergunta leitor

Primeiro: 16 anos e 16ª passagem pela polícia. Segundo: 56 anos, médico em hospital universitário, que atende pobres. O primeiro esfaqueia o segundo, que morre (Polícia do Rio detém adolescente suspeito de esfaquear ciclista ). Alguém ainda discorda da redução da maioridade penal?


HAMILTON ROBERTO FRANCO CAVALCANTE (São Paulo, SP)

Fabio Rossi/Ag. O Globo
Adolescente é apreendido sob suspeita de participar do assalto que terminou com um médico esfaqueado e morto na Lagoa
Adolescente é apreendido sob suspeita de participar do assalto que terminou com um médico esfaqueado e morto na Lagoa

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Impressionante, a Folha consegue publicar artigos, que sendo vizinhos, conseguem ser tão distantes, até antípodas e, ao mesmo tempo, serem de Causa e Efeito. Em 22 de maio, o de Bernardo Mello Franco (Entre Stálin e JK) é o de Causa, falando sobre o interesseiro corporativismo dos políticos, e o de Efeito é o de Luiz Fernando Vianna (Uma sociedade que se mata) falando sobre as mortes do Dr. Gold e de dois jovens inocentes.
Os artigos são até desconexos na disparidade da escuridão e da clareza das mentes. Do lado negro o egoísmo dos políticos, do outro o lado translúcido do altruísmo da viúva do Dr. Gold.
O que fazer? Nas eleições não enxergamos o lado sombrio das almas.


EDUARDO FRANCO VAZ (Campinas, SP)

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Recheada de demagogia a coluna de Luiz Fernando Vianna, ao comparar o assassinato de um cidadão na Lagoa Rodrigo de Freitas ao episódio no morro do Dendê. Independente do status da vítima, o médico que perdeu a vida praticava esportes em um dos cartões postais do Rio de Janeiro, que tem o turismo como sua principal atividade. Já o acontecido no Morro do Dendê, lamentável e a esclarecer, deu-se em área onde trava-se uma verdadeira guerra entre policiais e traficantes.


OSVALDO CESAR TAVARES (São Paulo, SP)

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A violência, o estupro, os assassinatos e as balas perdidas, fazem parte da rotina dos menos favorecidos. São seres que possuem uma mente distorcida em decorrência da miséria, do abandono, da total falta de recursos. São os excluídos da sociedade, cujos os efeitos consequentes são a total falta de um entendimento adequado com os valores morais, sociais, éticos ou humanos. A indignação ressurge devido ao fato de sermos atingidos por esse descaso com as crianças que vivem à deriva. Decorrem daí as mais variadas soluções humanitárias, como a da maioridade penal, com a devida de ampliação do sistema carcerário, para que esses delinquentes sejam isolados completamente do nosso convívio. Quem sabe essas mães, ainda nessas maternidades carentes de vagas, de material e de um atendimento adequado, não recebam uma senha que lhes garanta um lugar nas prisões, abrigos ou instituições para os seus rebentos?


ANETE ARAUJO GUEDES (Belo Horizonte, MG)

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