Folha de S. Paulo


Leitores comentam artigo sobre efeito de placebo e homeopatia

Nunca vi demonstração de mais apuro científico do que o constante no artigo A cura pela expectativa, de Hélio Schwartsman. O tema não é novidade. O mesmo princípio é defendido por importantes cientistas, entre os quais o médico Drauzio Varella. Ainda assim, o autor sofreu contestações sem contraporem o cerne de seus argumentos. Sobre a dúvida que alguns leitores formularam no caso de cura por homeopatia em animais, ainda que existam casos positivos, como afirma Schwartsman, até com reza pode-se obter o mesmo resultado (Os ricos também choram).


FLÁVIO LIMA SILVA (Maceió, AL)

Paula Giolito/Folhapress
Manifestantes protestam e ingerem overdose de remédios homeopáticos para provar que eles não funcionam
Manifestantes protestam e ingerem overdose de remédios homeopáticos para provar que eles não funcionam

O filósofo Hélio Schwartsman talvez possa filosofar assuntos de que desconheça. A alopatia ocupa a quinta posição no mundo em número de usuários, atrás das chamadas medicinas alternativas: a tradicional chinesa, a aiurvédica, a acupuntura e a própria homeopatia, que há mais de 200 anos já produzia seus medicamentos, bem antes das multinacionais farmacêuticas. Assim como o árbitro de futebol não pode usar as regras desse jogo para arbitrar vôlei etc., não venha esse filósofo querer aplicar princípios ditos científicos para comparar a utilidade de tal terapêutica, ainda mais ignorando os temas.


NORBERTO A. HERNANDES, médico homeopata (Santo André, SP)

Embora eu seja médico alopata de formação e pratique exclusivamente a alopatia, não tenho nada contra as diversas modalidades que se enquadram naquilo que se convencionou denominar "medicina alternativa ", desde que, obviamente, não coloque em risco a vida e a saúde do paciente. A meu ver a medicina alternativa deve ser encarada como os credos e religiões: embora cada um acredite na sua, tem a obrigação de respeitar a do próximo.


LUCIANO HARARY (São Paulo, SP)

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