Folha de S. Paulo


Leitores comentam problemas educacionais brasileiros

A educadora Neca Setúbal (Desafios para um novo rumo na educação), em seu brilhante artigo, menciona o projeto de mobilização da Chapada Diamantina na Bahia, que, premiado mais de duas vezes, envolve mais de 30 municípios da região. Poderia, sim, ser modelo para a educação no Brasil.


MARIO HERMELINO FERREIRA, advogado (São Paulo, SP)

Bruno Poletti - 4.jun.2014/Folhapress
A educadora Neca Setubal, em evento em São Paulo
A educadora Neca Setubal, em evento em São Paulo

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A propósito da coluna de Paula Cesarino Costa (As universidades estão no lixo), vale mencionar que, em Guarulhos, o campus da EFLCH, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), está paralisado desde março, em decorrência da greve de alunos pela suspensão de linhas de ônibus executivos gratuitas que eram oferecidas em conjunto com o passe escolar, entre outras reivindicações. Parece que o slogan "Pátria Educadora" é mais um caso de marketing político-partidário, sem a intenção de promover o incremento na formação educacional de que o país tanto necessita.


AIRTON REIS JÚNIOR (Guarulhos, SP)

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Temos salas de aula caindo aos pedaços, professores agredidos, desmotivados, menosprezados e mal remunerados, alunos ludibriados no exterior sem o dinheiro dos programas do governo, universitários abandonando sonhos por não conseguirem a continuação de seus financiamentos. É preciso ter muita cara de pau para usar a palavra "pátria" para fazer propaganda de uma grande mentira.


RUBEM DE O. CAUDURO (Brasília, DF)

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Sozinha, bastaria a charge de Angeli , que nos diz tudo. Mas, tanto o artigo de Paula Cesarino Costa, como a crítica ampla e correta do leitor Marco Antonio Esteves Balbi completam o panorama sombrio da educação neste país. E é com tristeza que vejo diminuir a esperança que depositei na gestão do ministro Renato Janine Ribeiro diante do que respondeu na Entrevista da 2ª dada à Folha, pouco antes de tomar posse. Contudo, confio em sua capacidade, experiência e seriedade para leva-la adiante, dispondo-se e a todo o seu efetivo da boa vontade em levar o Brasil a um nível de excelência na Educação. Motivos para isso existem, basta visitarmos o site do MEC para que os conheçamos, como por exemplo, a excelente produção de livros realizada em 2014 e destinada a suprir cerca de 60 mil escolas em todo o país. Agora, fico a refletir: o que de real está se realizando em favor professores como capacitação, remuneração e outros estímulos todos muito importantes, para que sejam perseverantes nesse nobre labor? E ficam aqui mais duas perguntas: quais serão, realmente, os entraves que impedem o nosso progresso e, mais importante, como cada um de nós poderá contribuir para que nossa "Pátria" seja mesmo "Educadora"?


THEREZINHA KROISS FERIGATO (Jundiaí, SP)

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É preciso esclarecer alguns pontos sobre o artigo Obscurantismo, de Vladimir Safatle. O primeiro se refere a um equívoco do autor, que diz: "Há alguns anos, alguns dos mais destacados professores (...) criaram a cátedra Michel Foucault". Ora, a referida unidade é matéria ainda em discussão na Universidade e sua Mantenedora, logo, não há decisão quanto a sua existência. Não podemos deixar de registrar, porém, que a PUC-SP sempre apoiou, apóia e não deixará de apoiar a pesquisa. Isso significa que estudos sobre Foucault (e qualquer outro pensador) continuam a ser realizados livremente, e independem da criação de cátedras. Além de ser um dos três pilares que fundamentam o sistema universitário, o incentivo à investigação científica e à produção de conhecimento são marcas desta Universidade, como comprova nossa história ousada em busca da liberdade e da verdade. Não poderia ser diferente: a expressão "A sapiência e a ciência serão aumentadas", escrita em nosso brasão, é vivenciada por nossos docentes e alunos desde a criação da Instituição, em 1946. Por fim, e em nome dessa história, somos obrigados a repudiar a sugestão, pelo autor, de que a PUC-SP "se aproxima de um seminário católico ou de uma maquinaria de proselitismo religioso". Somos uma Instituição católica cuja missão é formar cidadãos e profissionais éticos e comprometidos com a sociedade, não importando a religião professada pela comunidade. É importante fazer tal registro porque, às vezes, quem tenta esclarecer sem conhecimento de causa é que acaba sendo obscurantista.


THIAGO PACHECO, assessor de imprensa da PUC-SP (São Paulo, SP)

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