Folha de S. Paulo


'Professores não devem se iludir com bônus', diz leitor sobre greve em SP

Os professores paulistas do ensino fundamental e médio da ativa não devem se iludir com bônus, que não se incorpora aos vencimentos. Na inatividade, ficarão como os aposentados do INSS, com menos ganhos. Não terão proventos dignos como os professores universitários. Se alguns consideram absurdos os 75% pleiteados, 0% também não é razoável. Ademais, o nosso governador estabeleceu um aumento de 9% para o salário mínimo de 2015, o que desvalorizou mais o salário do magistério.

ILDEFONSO DE PAULA OLIVEIRA (Amparo, SP)

Marlene Bergamo/Folhapress
Professores fazem novo protesto na av. Paulista, centro de São Paulo; categoria está em greve desde a semana passada
Professores fazem novo protesto na av. Paulista, centro de São Paulo; categoria está em greve desde a semana passada

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Maria Izabel Noronha diz ser "intransigente" o governo que recebeu o sindicato, que ela própria preside, em quatro oportunidades só este ano. Em outras 37 reuniões, a mesma gestão discutiu o plano de carreira, hoje implantado, mas do qual a missivista nega a existência. Mais do que para informar sobre a concessão de reajuste de 45% à categoria, a evolução funcional e a bonificação histórica por mérito, a secretaria usa este espaço para reforçar que o diálogo norteia suas ações. A pasta, no entanto, não pode pactuar com uma ação que, para inflar o movimento, incentiva os pais a não levarem seus filhos para a escola, privando-os assim do direito incontestável de aprender.

RONALDO TENÓRIO, assessor de imprensa da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

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O assessor Ronaldo Tenório, citando meu nome, afirma que o índice de 96% de comparecimento dos professores nesta semana é baseado em dados oficiais. Ao procurar desmentir tal índice em minha carta anterior, eu me referia a dados reais, comprovados na vivência do momento e em contato com colegas de outras regiões. Ao me referir a colegas, não digo sindicato, mas, sim, professores que, como eu, lutam por uma melhora real e significativa na educação sem que se maquiem tais "dados oficiais" com uma política de distribuição de bônus, mas zero reajuste salarial.

MARCELO DE GODOY DOMINGUES (Avaré, SP)

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A presidenta da Apeoesp, se quisesse fazer o correto em vez de aparecer, deveria começar as conversas com o governo antes do ano letivo começar e nunca ir para a Paulista. Isso é irresponsabilidade e todos sabemos, porque ainda se junta à CUT, que tenta a todo custo defender Dilma. A conversa com o governo deve ser mantida o ano inteiro, de maneira a não prejudicar aqueles que são a razão de existência de todos os alunos. É uma vergonha alguém ainda querer se manisfestar, como se razão tivesse. No Brasil todos os errados só tem razões, mas nenhuma responsabilidade.

ANTONIO JOSE G.MARQUES (Rio de Janeiro, RJ)

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