Folha de S. Paulo


Leitor diz que uso de bens por juízes é comum

O triste caso do uso do carro de Eike Batista por um juiz é muito mais grave do que se imagina: é quase uma regra no Judiciário do Rio. Há cerca de 40 anos fui requerente do cumprimento da vontade da filha do conde Ribeiro do Valle, expressa em testamento: um casarão histórico na Tijuca foi ocupado por ordem judicial, durante meses, por um servidor da vara em que tramitava o inventário. No final do século 20, o juiz da 7ª Vara de Órfãos e Sucessões autorizou o inventariante dativo do inventário de Bherta Ribeiro, ex-esposa do inesquecível Darcy Ribeiro, a ocupar luxuoso apartamento em Copacabana, já que Bherta não deixou herdeiros. Casos como esses se repetem diariamente nas milhares de comarcas do país.

MÁRIO GENIVAL TOURINHO, advogado (Belo Horizonte, MG)

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Afastar o magistrado do caso Eike é hipocrisia: se o juiz Flávio Roberto de Souza fosse um corrupto negociador de sentenças, ele poderia desfrutar tranquilamente desses carrões em Miami.

THIAGO CASSEMIRO DE SOUZA (Campo Grande, MS)

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