Folha de S. Paulo


Leitores comentam a falta d'água em São Paulo

A manchete da Folha de 17/2 menciona o aumento das chuvas em fevereiro. Mas, aqui na minha rua, no Alto da Mooca, a água não chega há seis dias. O descaso da Sabesp é criminoso. Inúmeras reclamações foram feitas, todas inócuas. Claro, se tivéssemos um grande consumidor de água, desses que gastam milhões de litros, ele teria um canal privilegiado, e o nosso problema seria resolvido prontamente. Mas, como somos simples consumidores residenciais, ouvimos a ladainha diária sobre a redução de pressão, e zero de água nas torneiras.

CÉLIO MARCOS MONTEIRO DA SILVA (São Paulo, SP)

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As fêmeas da família ficam aliviadas em saber que "por aqui bruxas dificilmente serão queimadas", como concluiu Hélio Schwartsman ("Opinião", 17/2). No entanto, os magos alquimistas continuam seus feitiços mágicos de inebriar a população para que ela não veja o óbvio: há sim culpados, senão pela seca, pela falta de água nas torneiras. Mas, como em várias outras situações –de cartéis de trens a precatórios alimentares não pagos–, o governante não é punido e é até ungido com reeleição recorde no primeiro turno. Precisamos urgentemente analisar o que puseram nessa água do volume morto que nos chega às residências!

ADILSON ROBERTO GONÇALVES (Lorena, SP)

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Diante das chuvas das últimas semanas, é oportuno indagar: até quando a imprensa terá interesse em noticiar a escassez hídrica? Suspeito que, antes que os mananciais recuperem um nível satisfatório, o assunto deixará de ser manchete. Com isso os governantes deixarão de ser pressionados pela premência das obras projetadas no afogadilho da crise, postergando-as para as calendas. As cobranças cairão no esquecimento e a prioridade se voltará para o próximo escândalo!

NOEL GONÇALVES CERQUEIRA (Jacarezinho, PR)

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Em relação ao artigo "Oceano Invisível" ("Opinião", 17/2), lembramos que o Sudeste passa pela maior seca de sua história. Há um ano São Paulo alertou a população para a gravidade do problema e deu início a obras para ampliar a produção, interligar sistemas de abastecimento, inovar no tratamento e conscientizar a população para o uso racional da água. São Paulo foi o único Estado brasileiro a implementar o bônus, o único a reduzir o consumo per capita de água em 2014, o único a implementar membranas de osmose reversa e o único a fazer obras para garantir a segurança hídrica de sua população.

VINÍCIUS TRALDI, assessor de Imprensa do Governo de São Paulo (São Paulo, SP)

Editoria de Arte/Folhapress

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