Folha de S. Paulo


Leitores comentam execução de brasileiro na Indonésia

O jornal publica que Dilma pediu clemência para o traficante condenado na Indonésia. Na mesma edição, lemos noticias de pessoas executadas por bandidos, incluindo delegado morto em sua própria casa (Delegado é morto a tiros em casa na Grande São Paulo), e uma criança na rua em troca de tiros (Menino morre em confronto entre tráfico e PM no Rio). Não fosse tão triste, seria uma ótima piada Dilma pedir clemência para um bandido enquanto cidadãos honrados, trabalhadores e inocentes todos os dias são executados sem julgamento no país em que ela é presidente.


MARIA GILKA BASTOS DA CUNHA (São Paulo, SP)

Arquivo pessoal
O brasileiro Marco Archer em prisão na Indonésia, em 2009
O brasileiro Marco Archer em prisão na Indonésia, em 2009

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Nos últimos dias a notícia do fuzilamento do brasileiro na Indonésia tomou as manchetes dos jornais e grande destaque nas mídias sociais. Ora, quantos brasileiros sao "fuzilados" diariamente vítimas do tráfico de drogas aqui no Brasil? A única diferença é que neste caso é com hora marcada e após um processo legal segundo as leis que regem aquele país. O governo brasileiro nesses 13 anos que separam a prisão do brasileiro e sua execução deveria, no mínimo, ter investigado como e de quem ele adquiriu os 13 kgs de cocaína –talvez sejam os mesmos que forneceram para o outro brasileiro que também esta no corredor da morte daquele país, que está apenas aplicando suas leis. Nesses anos nenhum presidente do Brasil foi ate a Indonésia para interceder junto ao governo mostrando as medidas que o país tomou para evitar novos casos e aí sim poder justificar o pedido de clemência. A Indonésia esta aplicando o remédio mais amargo, o exemplo, com a pena capital. Dificilmente algum outro brasileiro irá se arriscar agora.Por outro lado a nossa presidente segue para prestigiar a posse do presidente da Bolívia de onde vem quase a totalidade da cocaína que chega ao Brasil. Será que ela vai pedir clemencia para o Evo Morales ?


JAIRO WAISWOL (São Paulo, SP)

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Ficamos tristes e chocados com a primeira execução de um cidadão brasileiro na Indonésia, da mesma forma com os acontecimentos na França. Porém devemos perceber principalmente depois desses terríveis fatos, que nosso mundo é muito maior que aquele que acreditamos viver e existem outros costumes e crenças além da nossa. Se na maior parte do mundo ocidental toleramos charges envolvendo religião e não existe pena capital para o tráfico de drogas, em outras nações e religiões isso não é tolerado.


ANDRÉ PEDRESCHI ALUISI (Rio Claro, SP)

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A pena de morte para traficantes na Indonésia é absurdamente exagerada. Já no Brasil há inúmeros assassinos comprovados ou confessos andando livres, leves e soltos, aguardando julgamento ou beneficiados pelas nossa leis benevolentes. Dois extremos, no mínimo, imorais.


LUCIANO HARARY (São Paulo, SP)

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