Como todo advogado criminalista, Alberto Zacharias Toron gostaria de criar sua própria versão dos fatos na Operação Lava Jato, mas reclama que não tem acesso à delação premiada. Experimenta do seu próprio veneno, que é fabricar a defesa, operada secretamente, sob o manto da confidencialidade. Se um advogado tiver acesso às informações de uma delação premiada antes que apareçam os seus resultados, na forma de provas, irá destruir esse processo.
PAULO HAROLDO RIBEIRO (São Paulo, SP)
| Leticia Moreira/Folhapress | ||
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| O advogado Alberto Zacharias Toron, em seu escritório |
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Excelente a entrevista do advogado Alberto Zacharias Toron. É estarrecedor um juiz negar acesso à defesa aos autos de inquérito ou processo criminal, ainda que estejam sob sigilo. É evidente e elementar que para que alguém se defenda de uma acusação saiba do que está sendo acusado e das provas que dizem constar contra ele. Tortura, prisões provisórias e agora delações premiadas, instrumentos que possuem o mesmo DNA. O DNA da arbitrariedade, da tirania e da violação de direitos e garantias fundamentais.
LEONARDO ISAAC YAROCHEWSKY, advogado e professor de direito penal (Belo Horizonte, MG)
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