Folha de S. Paulo


Professores da USP escrevem sobre reportagem que aponta ganhos acima do teto

Na reportagem sobre teto de vencimentos de servidores da USP, há uma informação incorreta a meu respeito. Diz-se que, como justificativa de meus proventos de aposentadoria, afirmei "ter ganho ações judiciais garantindo o pagamento de ganhos anteriores a 2003". Na verdade, nunca propus ações judiciais nem tomei qualquer iniciativa administrativa, com esse objetivo.

BORIS FAUSTO, historiador, é professor aposentado do departamento de ciência política da USP (São Paulo, SP)

RESPOSTA DO JORNALISTA MARIO CESAR CARVALHO - O historiador disse à Folha que seus ganhos na USP, todos lícitos, decorrem de quinquênios e sentenças judiciais.

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As publicações envolvendo funcionários e docentes da USP e seus polêmicos vencimentos requerem uma abordagem diferente. Deveria se levar em conta, independentemente de cargos e categorias, complexidade, imprescindibilidade, responsabilidade, essencialidade e produtividade. Lembremos que a universidade propõe ensino, pesquisa e extensão, e ganhos salariais deveriam estar atrelados a esses valores.

MAURÍLIO POLIZELLO JÚNIOR, farmacêutico responsável pela Farmácia Ensino da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto - USP (Ribeirão Preto, SP)

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Muito estranho o caminho traçado por alguns jornalistas. A dois meses de aposentar-me compulsoriamente e com uma folha de trabalhos iniciada na Universidade de São Paulo em fevereiro de 1969, vejo meu nome divulgado neste jornal não pelo que fiz ao longo de mais de 45 anos de trabalho, mas pelo salário que recebo, enquadrado na lista dos maiores salários de professores em atividade na USP. Com o pretexto de "transparência", o jornal informa o salário bruto de professores ativos e aposentados. Buscasse mesmo a transparência, seria justo que mostrasse um pouco do trabalho dos professores que citou.

JOÃO PALERMO NETO, professor titular da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP (São Paulo, SP)

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Parabéns à Folha pela ampla reportagem. Revela como as "inteligências" da festejada instituição aceitam ou são cúmplices de um quadro de desperdício de dinheiro público, um desrespeito com quem paga esses imensos salários: o povo de São Paulo.

ALFREDO STERNHEIM, diretor e roteirista de cinema (São Paulo, SP)

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O que o reitor da USP, Marco Antonio Zago, quer dizer com "desestímulo ao professor"? O salário de topo de carreira não é R$ 20 mil? Esse valor é desestimulante? O Brasil torra muito dinheiro com ensino superior e se esquece do ensino básico. Sobre a redução de custos: R$ 7 milhões por mês significam R$ 84 milhões de reais ao ano, suficiente para manter algumas dezenas de bons projetos.

RODRIGO DE FILIPPO (Rio de Janeiro, RJ)

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