Folha de S. Paulo


Vamos confiar que o novo governo faça um trabalho melhor, diz leitor

Nem bem Dilma venceu a eleição, já tem gente desejando o pior para o país. Será possível que a frustração de alguns seja tão acachapante que não consigam refletir com bom senso? Quando vão entender que, se der errado –como eles parecem querer–, os principais prejudicados seremos todos nós? Vamos ter sensatez e confiar que o novo governo venha a fazer um trabalho melhor e mais útil para todos. Se der errado, estaremos todos ferrados.

HUMBERTO MENDES (São Paulo, SP)

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A pior ditadura não é aquela que nos aprisiona por nossas fraquezas, mas aquela que nos aprisiona por nossas necessidades. Não culpo o povo nordestino por ter escolhido Dilma. Antes do governo Lula, muitos nordestinos viviam na miséria. Nós do Sul e eles do Nordeste temos visões políticas diferentes. Nós vemos o PSDB como mudança, já eles veem como a volta do governo de Fernando Henrique Cardoso e da miséria de seu povo.

LUCAS FERREIRA RAMOS (São Paulo, SP)

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Duro, mas verdadeiro. Essa é a conclusão que extraí do texto de Vladimir Safatle . A imagem que se tinha de um país cordato, unido, se esvaiu, atingindo seu ápice nesta eleição. Afloraram sentimentos de desrespeito, de desentendimento e de agressividade. Realmente, perdemos a identidade coletiva. Promessas de diálogo e união não são suficientes para reconstruir a nação.

NORBERTO AGOSTINHO (Boituva, SP)

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O cinismo e a cara de pau da presidente Dilma são de chocar. Depois de uma campanha maldosamente pautada pela incitação à luta de classes no Brasil –"nós e eles", "pobres e ricos"–, ao ser reeleita, ela pede "união".

PAULO RIBEIRO DE CARVALHO JR. (São Paulo, SP)

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A propaganda eleitoral de Dilma foi totalmente baseada do princípio da dicotomia, em que jogaram ricos contra pobres, negros contra brancos, sudestinos contra nordestinos e assim por diante. Em apenas uma hora após saber de sua reeleição a presidente mudou seu discurso radicalmente pregando a união de todos os brasileiros. Dilma precisa esquecer de seu marqueteiro e cuidar das mazelas que assolam o país, como a recessão e a corrupção desenfreada na Petrobras e outros setores de seu governo.

OSVALDO CESAR TAVARES (São Paulo, SP)

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Queremos os nomes dos envolvidos no escândalo da Petrobras já! Ou ficará comprovado que todos os vazamentos obtidos mesmo com sigilo de justiça tiveram como objetivo interferir na reta final das eleições.

EVALDO GÂNDARA BARCELLOS, arquiteto (Santa Rita do Passa Quatro, SP)

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Vi não apenas uma presidenta reeleita, mas uma verdadeira estadista. O discurso de Dilma no domingo e as entrevistas na segunda-feira mostram que sua ação será realmente do diálogo. Ao contrário dos que propugnavam o discurso do ódio, ignorando também alguns comentaristas e blogueiros profetas do fim do mundo, a fala da presidenta foi serena e conclamando para o trabalho conjunto. Se não mencionou a oposição, explicitou a conversa com todos os setores da sociedade. De agora até a posse do novo Congresso é que se darão os ajustes e a composição do novo governo, com um excelente começo.

ADILSON ROBERTO GONÇALVES (Lorena, SP)

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As eleições contribuíram para sepultar de vez o mote "pior não fica", do Tiririca. O país, democraticamente, optou e perdeu sua grande chance de futuro ao dar um passo à frente na beira do abismo onde se encurralou.

CARLOS ALBERTO BELLOZI (Belo Horizonte, MG)

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Sempre as regiões mais pobres e atrasadas elegeram políticos demagogos. Nos EUA, essas regiões elegeram Reagan e Nixon. Aqui,elegeram Collor, Lula e Dilma. É muita coincidência!

MARCELO CIOTI (Atibaia, SP)

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Cada povo tem o governo que merece. Resta o consolo da diminuta diferença, que faz prever que na próxima o eleitorado opte por algo melhor. Permita-me uma sugestão, presidente: ouça todas as manhãs, o CD com o seu discurso logo após a vitória e, à noite, faça um honesto exame de consciência. Espero que possa dormir em paz.

ARMANDO COMPARATO (São Paulo, SP)

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Muitos brasileiros questionam de forma deselegante a legitimidade dos números de votos que elegeram Dilma. Alguns falam em "apertadíssimo resultado favorável", outros em "minúscula vitória". Outros ainda afirmam que vai ser difícil a candidata vencedora governar, pois "mais da metade do pais votou contra ela". Penso que brasileiro sabe votar, sim. Não foi um apertadíssimo resultado. Agora, é aceitar, queiram ou não, a lição de democracia moderna e histórica. Vale tanto para gregos e troianos, ou melhor, tucanos e petistas.

MARINA FLEURY CURADO ROSA (Goiânia, GO)

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