Folha de S. Paulo


Socióloga questiona como ficará o país, tão dividido, após resultado da eleição

Acompanho a cobertura da Folha sobre as eleições e apreciei a decisão de publicar na seção Tendências/Debates artigos que explicitam as posições divergentes de inúmeros intelectuais sobre os dois candidatos à Presidência da República. Está na hora de apresentar intelectuais que estejam preocupados, como eu estou, com o dia seguinte. Como ficará o nosso Brasil, hoje tão agressivamente cindido, quando for anunciado o resultado desta eleição presidencial? Quem estaria em condições de argumentar sobre a necessidade de um pacto político em defesa da nossa ainda tão jovem democracia?

HELOÍSA FERNANDES, socióloga (São Paulo, SP)

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Qualquer que seja o novo presidente eleito hoje, a mudança já está garantida no Brasil. O povo não quer mais corrupção, mentiras, promessas e privilégios para poucos. Que seja lançado o programa Bolsa Brasileiro, garantindo a todos saúde, educação, trabalho e segurança.

CARLOS GASPAR (São Paulo, SP)

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Estou muito surpresa e decepcionada com a não inclusão do agronegócio nos debates dos candidatos à Presidência da República. Esse segmento é responde por quase um quarto das riquezas produzidas no Brasil, mas está passando por uma crise sem precedentes. O agronegócio merece um lugar de destaque nas discussões políticas.

ANA ROSA BELLODI (Jaboticabal, SP)

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A leitora Sônia Maria P. de Azeredo se esquece que, no período de exceção, o voto indireto era para os cargos de presidente e governador. O Tribunal Superior Eleitoral atuava na eleição para os demais cargos, exceto de prefeitos de capitais e de alguns municípios. Tivemos também, na abertura do regime militar, governadores eleitos diretamente.

PAULO MARCOS G. LUSTOZA, capitão de mar e guerra reformado (Rio de Janeiro, RJ)

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Afirmar, como fez o colunista André Singer em Programa mínimo, que "enquanto a primeira [Dilma] propõe mais Estado para proteger os mais pobres, o segundo [Aécio] acredita em mais mercado, o que favorece os mais ricos" é mais do que simplificação grosseira. É uma estultice que agride a inteligência do leitor.

JOSÉ ARNALDO FAVARETTO (Ribierão Preto, SP)

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Em Onda, Eliane Cantanhêde lamenta os danos causados à imagem de Aécio pela campanha de Dilma. Estranho nada dizer sobre a campanha permanente da oposição contra o PT, com o apoio da grande mídia, para transformá-lo, e a seus integrantes, no partido responsável pela corrupção no Brasil. Pouco se fala do financiamento das campanhas tucanas e dos escândalos nos seus governos. Pouco se fala também sobre as medidas anticorrupção adotadas pelos governos petistas.

CARLOS ZARATTINI, deputado federal pelo PT-SP (Brasília, DF)

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Depois de vários debates em que a realidade foi desprezada pelos candidatos e as promessas foram um festival de exageros impossíveis de serem realizados e com agressões mútuas, no último, com a participação de indecisos constituído de pessoas comuns, os candidatos tiveram de enfrentar os verdadeiros problemas da sociedade brasileira, com perguntas feitas por cidadãos que vivem num mundo real e não no fictício dos marqueteiros. Fica então a sugestão de que nas próximas eleições essa experiência seja repetida, para que possamos, realmente, tirar proveito dos debates.

JOSÉ OSVALDO GONÇALVES ANDRADE (Belo Horizonte, MG)

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É uma bênção para o Estado de Minas Gerais ter dois candidatos da terra disputando a Presidência da República. Ganhe quem ganhar, Minas Gerais continuará no poder maior da nação. Que faça um ótimo governo para o Brasil nos próximos quatro anos. Mineira de Brazópolis!

NELI APARECIDA DE FARIA (São Paulo, SP)

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