Folha de S. Paulo


Debate foi aula do que não se deve fazer em público, comenta leitor

O debate de quinta (16) no SBT, entre a presidente Dilma Rousseff (PT) e o senador Aécio Neves (PSDB), não ofereceu proposta alguma aos eleitores. Foram mais acusações, ofensas pessoais e revelações de corrupção de ambos os lados. As evidências apresentadas nos permitem afirmar que os candidatos não deveriam ter perdido um tempo tão valioso para se acusarem mutuamente. Uma aula aos jovens eleitores do que não se deve fazer em público.

DIÓGENES PEREIRA DA SILVA (Uberlândia, MG)

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Lamentável, deprimente, entristecedor o nível do debate entre dois candidatos que aspiram ao maior cargo político do país. Esses presidenciáveis estão perdendo uma excelente oportunidade de mostrar ao povo que pretendemos ser um país educado e civilizado. Como podem, então, falar de educação em todos os âmbitos se o que eles estão nos revelando é um querer ver a desgraça do outro com ofensas, mentiras, calúnias e, sobretudo, desprezo da capacidade de cada um? Independentemente de partidos ou alianças, ambos deveriam, pelo menos, mostrar altivez, serenidade e confiança.

RUBENS ANTONIO FROES (Camanducaia, MG)

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Quero cumprimentar Luiz Fernando Vianna pela sutileza da análise do contexto político atual em "A volta do senhor". Não é a primeira vez que um artigo dele me surpreende. Desta vez, tratando da ascensão de Aécio nas pesquisas de intenção de voto, apresenta a construção de um ethos eleitoral do candidato, que, reapropriando traços culturais e históricos brasileiros, põe como mudança a "restauração quase monárquica, de devolução do poder aos senhores de sempre. Muda-se para não mudar". Brilhante.

MARLENE GUIRADO, professora do Instituto de Psicologia da USP (São Paulo, SP)

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Luiz Fernando Vianna não insinuou, mas deixou bem claro o discurso segregacionista do PT: "Aécio é branco, rico e bem nascido". Só por isso, ele seria contra e acabaria com as políticas sociais? O discurso de ódio parece indicar que, para o bem do Brasil, da continuidade de tais políticas, e para que "não voltem os senhores", o candidato à Presidência deve ser negro, malnascido e, de preferência, inculto.

MARCO AURÉLIO S. RAMOS (Ribeirão Preto, SP)

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Dias atrás, grosseiramente, o senhor Rogério Cezar de Cerqueira Leite desancou Marina Silva. Em "O choque de indigestão de Aécio" , ele ironiza o candidato Aécio Neves com um monte de números e estatísticas sem citar fontes. Este senhor deve achar Dilma, Lula, Sarney, Renan e Collor exemplos acabados de honestidade e de bom caráter.

LUIS COELHO DO N. JUNIOR (Ribeirão Preto, SP)

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