Folha de S. Paulo


Leitor critica falta de programa de governo do PT e do PSDB

A menos de um mês do primeiro turno da eleição, os dois partidos (PT e PSDB) que têm nomes lançados para concorrer à Presidência há mais tempo ainda não têm um programa de governo pronto. Parece-me sinal sintomático de como os candidatos e seus respectivos partidos tratam com pouco-caso e pouca inteligência as eleições e, principalmente, a nós eleitores. Dilma Rousseff e Aécio Neves acham que nós escolhemos nossos candidatos baseados em quê? Promessas? Campanhas esteticamente bem montadas?

ANTONIO ANGELO FERREIRA RAPOSO (São Paulo, SP)

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É fácil entender as razões da candidata à reeleição presidencial para suspender a entrega do seu programa de governo. Seu partido (PT) nunca teve programas de governo, porque sempre teve "plano de poder".
Na lógica do PT, tomar e manter o poder é o objetivo máximo. Governar exige outras qualificações, que não existem nos quadros do partido.

CARLOS BARROS DE MOURA (São Paulo, SP)

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É uma pena que a Folha tenha destacado um eleitor de Marina que estava em Campinas para protestar contra Dilma e tenha se esquecido de relevar a presença de milhares de pessoas, que como eu, lotaram o centro da cidade para receber, ouvir e aplaudir a presidente Dilma.

MARIA LIGIA DE OLIVEIRA AMENDOLA (Campinas, SP)

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A propósito da manifestação civilizada e democrática pela não construção do trem-bala, eu também gostaria de agradecer à presidente por não ter levado à frente esse projeto de quase R$ 40 bilhõe. Esses recursos, se aplicados em boas ferrovias convencionais, trariam retornos muito mais importantes para o país.

MARCIO A. MACEDO (Belo Horizonte, MG)

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Nossa imprensa é assim: destaca sempre o lado negativo e esconde o positivo. Uma pessoa protestando merece mais destaque do que muitas aplaudindo. Dilma foi aclamada por centenas de pessoas no centro de Campinas, onde era agradecida pelo mais baixo nível de desemprego da história, em plena crise mundial. Felizmente o governo teve bom senso em abandonar esse projeto do trem-bala num momento de crise. Por outro lado, não havia um cartaz sequer protestando contra o desemprego, a inflação, o PIB. Mas isso a Folha não destaca.

CRISTIANO REZENDE PENHA (Campinas, SP)

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Nada melhor que cobrar com ironia um político que prometeu e não cumpriu como fez o eleitor em Campinas com a presidente Dilma Rousseff. Se os candidatos não querem pagar mico, façam o que prometeram ou fiquem quietos!

ANDRÉ PEDRESCHI ALUISI (Rio Claro, SP)

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Os dois últimos parágrafos do artigo Propaganda não decide eleição, de Carlos Eduardo Lins da Silva, fazem eco ao que eu penso. Candidatos pelo Brasil subestimam a capacidade do eleitor.

DORALICE ARAÚJO, professora (Curitiba, PR)

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Sou contra a reeleição de políticos em cargos majoritários. Acredito que cada Estado deveria ter independência de jurisdição eleitoral para promover debates e até um plebiscito sobre a questão. Muitos governantes são reeleitos –muitas vezes sem mérito para isso. A obrigatoriedade do voto é outro tema que também deveria entrar nesse rol.

CÉLIO BORBA (Curitiba, PR)

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Jorge Mattoso e Pedro Rossi insistem em atacar rotulando-me com modelos da sua imaginação. Tenho dito que o crescimento do salário até agora foi uma boa notícia. Para que ele continue crescendo, serão necessários mais investimento e mais produtividade. Aqui o modelo atual põe em risco salários e políticas sociais. Mas o tema principal de meus dois artigos recentes é a falta de compromisso com a verdade no debate público. Lamento que a questão tenha sido ignorada pelos autores, que não se dignaram de pedir desculpas por sequer uma das mentiras e impropriedades que apontei em meus artigos. O debate sereno só pode ocorrer a partir da verdade.

ARMINIO FRAGA, economista da campanha do candidato à Presidência pelo PSDB, Aécio Neves (Rio de Janeiro, RJ)

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Hélio Schwartsman faz uma proposta abstrata sem base na realidade ao não definir se defende o voto distrital puro (turno único), voto distrital puro (dois turnos) ou voto distrital misto. Além disso, tanto a proposta da CNBB e OAB com voto proporcional em dois turnos como também o voto proporcional em lista fechada também reduzem o excesso de oferta.

LUIZ ROBERTO DA COSTA JR. (Campinas, SP)

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