Folha de S. Paulo


Leitor comenta doação de bancos às campanhas de Dilma e Marina Silva

Dilma disse que não tem banqueiro sustentando-a. Segundo declaração apresentada ao Tribunal Superior Eleitoral, sua campanha recebeu R$ 9,5 milhões de bancos e financeiras, mais que o dobro do que recebeu a campanha de Marina Silva. Ademais, a candidata do PSB nunca comprou apoio político com dinheiro público desviado, como no mensalão e nesse provável "petrolão".

MÁRCIO P. LAURETTI (Socorro, SP)

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Gostaria de agradecer às pessoas, como o sr. Paulo Roberto Costa, que desvendaram o mistério do desaparecimento de parte do meu FGTS aplicado em ações da Petrobras. Como trabalhador aposentado, realmente me sinto traído pelo PT. Fui induzido a aplicar parte do meu FGTS nessa grande empresa brasileira, orgulho do nosso povo, somente para vê-la reduzida a 60% do seu valor. Perdi de 7 x 1 de novo!

EDUARDO FRANCO VAZ, aposentado (Campinas, SP)

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Afora questões como a falta de condições de governabilidade por carência de apoio, tem persistido no meio intelectualizado um pânico com a ascensão de uma crente convicta para governar o país. O meio científico se preocupa com o criacionismo, ao que os marinistas alegam ser uma questão menos importante. Gostaria que Marina explicasse o que vem a ser a tal "Jesuscracia", defendida por partidos cristãos na internet. Seria outro fascismo ou uma cruzada quixotesca contra a democracia?

Marcos Lambert (Belo Horizonte, MG)

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Saímos do foco enquanto ficamos discutindo preferências religiosas, ateísmo, criacionismo e se Einstein acreditou ou não em Deus. O líder eleito deve liderar as diferenças que tanto expressamos nessa Folha. O Brasil precisa urgentemente de reformas. Marina só é o que é porque o povo vê nela esperança de um futuro melhor. Proponho colocarmos as lentes de cidadãos e que não tenhamos preconceitos e, principalmente, medo de mudar.

LEANDRO ALVES DE SOUSA (São Paulo, SP)

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É curioso que uma candidatura que prega a união pelo Brasil tenha como coordenador um ex-deputado cujo passatempo seja criticar adversários e pregar a divisão com avaliações equivocadas e fora da realidade. Walter Feldman dá ao eleitor uma prévia do que seria o governo de Marina Silva, contrariando o discurso da nova política e da união de pessoas de bem, cuja retórica fica bem na propaganda de TV, mas se mostra irreal na prática. Seria aconselhável que Feldman se preocupasse menos com o PSDB e mais com a Rede Sustentabilidade, partido que não conseguiu criar nos últimos anos. Do PSDB, partido com história e representação, há pessoas capacitadas para fazê-lo.

DUARTE NOGUEIRA, deputado federal e presidente do Diretório Estadual do PSDB-SP (Brasília, DF)

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O PT faz contra a Marina a mesma campanha suja do medo da qual foi vítima em eleições passadas. Lamentável.

MARIA LUIZA PINHEIRO (Fortaleza, CE)

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Comparar a candidatura de Marina Silva à de Jânio Quadros e de Fernando Collor de Mello não me parece justo. Ela mais se assemelha com o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa. Ambos são afrodescendentes, de famílias humildes, inteligentes, honestos, e nunca ocuparam o Ministério de Minas e Energia.

REINALDO CAMMAROSANO (Santos, SP)

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Na eleição em que Collor foi eleito, num dos debates Brizola propôs a Lula que renunciassem a favor do Covas, que estava em segundo nas pesquisas eleitorais, o que Lula não aceitou. Deu o que deu. Collor foi expulso dois anos depois sem antes deixar corruptos, incompetentes, finanças desastradas, bloqueio da poupança entre outras decisões calamitosas. O Plano Real, no governo seguinte, teve a oposição do Lula e do PT. A situação exige desprendimento por parte daqueles que disputam as eleições. Se em uma semana o Aécio não se tornar viável para ganhar. Deve renunciar a favor de Marina, evitando assim mais um mensalão.

GEORGE BITAR (Santos, SP)

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Segundo esse colunista, acreditar que Deus criou o mundo é a maior prova de ignorância e desqualifica uma pessoa para governar o país. Consta do seu artigo que existe uma "montanha de dados, que comprovam inequivocamente a evolução", e crer em qualquer coisa diferente disso é um atestado de burrice. Me parece mais fundamentalista publicar uma declaração dessas do que fazer como Marina Silva, e simplesmente afirmar publicamente sua fé em um Deus Criador, após ser questionada sobre isso. Cabe um pouco de tolerância e respeito às diferenças! Política se debate com política. Cerqueira Leite deve permanecer debatendo no campo em que é uma autoridade, e deixar a fé para os que a compreendem.

LÍVIA DE SOUZA MEDEIROS (Brasília, DF)

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É triste e acachapante assistir duas senhoras aspirantes ao mais alto cargo da nação, aos urros, digladiarem-se sobre aspectos minúsculos da política nacional. Esperava-se na mídia, e fora dela, plano superior sobre a solução dos graves problemas que subjugam a todos. Aguardava-se com esperança, uma diplomacia digna de um novo Brasil e recebe-se embate de desatinadas. Que voltem de onde vieram.

LÍGIA MARIA VENTURELLI FIORAVANTE (São Paulo, SP)

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Os gorilas evoluídos não querem ser governados por uma descendente de Adão e Eva. É um direito que lhes assiste. São tantas as fraudes que envolvem a teoria da evolução das espécies a fundamentar o racismo que somente "inteligências tardas não percebam o mecanismo do absurdo" (Gustavo Corção "As Descontinuidades da Criação"). A mais escandalosa foi a do homem de Piltdown, o "Eoanthropus dawson", com sua mandíbula de macaco num crânio humano. Ernst Haeckel, processado e condenado, confessou a fraude de seus desenhos sobre a "teoria da recapitulação".Sobre Edward O. Wilson, criador da "Sociobiologia", de fundamento racista, disse seu colega Richard Lewontin "Como a maioria dos cientistas, Wilson acha que pode dizer um montão de asneiras sobre a sociedade sem ser chamado às falas".

PEDRO UBIRATAN MACHADO DE CAMPOS, sociólogo (Campinas, SP)

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