Folha de S. Paulo


Leitores comentam desempenho de candidatos à Presidência em debate

Alguém tem alguma dúvida de que a candidatura de Marina Silva repete as condições que levaram às eleições de Jânio Quadros e Fernando Collor –e as tragédias que delas resultaram?

FLOVIC POLACHINI (Peruíbe, SP)

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As hienas virtuais já começaram campanha difamatória contra Marina Silva. Pouco depois de ela aparecer bem cotada na pesquisa Ibope, militantes virtuais de outros partidos criaram perfis apócrifos em redes sociais para ridicularizar e prejudicar a imagem da candidata do PSB.

WILIAN MARQUES MIRON DA SILVA SOUZA (São Paulo, SP)

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Divulgada a pesquisa Ibope, há um dado sobre o qual refletir: Lula está perdendo a popularidade e, consequentemente, a influência sobre os eleitores? Afinal, a presidente Dilma Rousseff corre o risco de perder a eleição e, em São Paulo, Alexandre Padilha não conseguiu subir sequer um ponto na pesquisa.

PAULO CESAR OLIVEIRA (Taubaté, SP)

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No debate entre os presidenciáveis, a única pergunta para todos foi o que fazer para diminuir a violência. O único a responder de maneira incisiva e sem rodeios foi Aécio Neves: reformularia os Códigos Penal e Processual Penal e a Lei das Execuções Penais, além de diminuir a maioridade penal. Ficamos surpresos com a violência no Oriente Médio, mas esquecemos que no Brasil morrem mais pessoas (50 mil por ano) nessa guerra silenciosa.

LUIZ FELIPE SCHITTINI (Rio de Janeiro, RJ)

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Os debates eleitorais precisam mudar. Em vez de oferecer chances para troca de "insultos", que é o que acontece, os organizadores deveriam propor um tema para o debate exaustivo. Assim teríamos a oportunidade de ver quem é o mais preparado. No atual formato, tem vantagem quem domina melhor as palavras ao se defender de uma ofensa.

MYRIAN MACEDO (São Paulo, SP)

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Extraordinariamente lúcido o artigo de Diogo Mainardi ("Sou Marina (até a posse)", "Tendências/Debates, 27/8). Os políticos, todos, devem ser sempre cobrados pelos cidadãos, e nós, como nos ensinou Millôr Fernandes, devemos sempre tratá-los de forma impiedosa –caso contrário, seremos somente um armazém de secos e molhados.

ANTÔNIO LUIZ CALMON TEIXEIRA FILHO (Salvador, BA)

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Diogo Mainardi me causou surpresa e espanto. Pergunto ao festejado escritor o que seria deste país se todos pensassem e agissem como ele. Pergunto como seria sua vida no Brasil com um salário mínimo. Só pode ser brincadeira o que ele escreveu.

VALDIR FERRAZ DE OLIVEIRA (Santana do Parnaíba, SP)

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A carta do candidato Eduardo Jorge denota a incongruência levada ao paroxismo da classe política brasileira (Painel do Leitor, 26/8). Ele defende o verde e, ao mesmo tempo, é a favor do aborto. Então uma árvore vale mais que uma vida. Mate-se a criança, mas preserva-se a árvore.

JOSÉ RONALDO CURI (São Paulo, SP)

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Saudades de você, Diogo Mainardi: da verve, do tirocínio e da capacidade de sintetizar o espírito do momento. Numa tacada só, derrotar o PT (glória) e o PSDB (ventura) não tem preço.

MARIA CECÍLIA DE ARRUDA NAVARRO (Bauru, SP)

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Não sei por que a Folha desperdiça seu precioso espaço com uma nulidade como Diogo Mainardi, dono de um texto pobre que não acrescenta nada.

SERGIO RIBEIRO (São Paulo, SP)

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No saudável debate na Band, constatei uma Dilma serena, firme, altiva e esclarecedora. Vi e ouvi uma Marina pretensiosa, com ar arrogante, sorriso afetado e respostas dissimuladas e confusas. Percebi, por fim, um Aécio tentando disfarçar o pessimismo, a falta de garra e, sobretudo a ausência de convicções.

VICENTE LIMONGI NETTO (Brasília, DF)

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Simplesmente magistral o artigo de Diego Mainardi. Admiro sua clarividência, a coragem de falar a verdade, fazendo uso de uma sutil ironia. Como ele, também eu penso que, no momento atual da nossa política nacional, somente Marina Silva terá condições de destronar o PT, há doze anos no governo. Democracia exige alternância no poder para não virar ditadura: "a cada quatro anos é necessário trocar o bandido que nos governa". Mas, diferentemente do pessimista Diogo, tenho esperança de que Marina, se eleita Presidente, terá coragem de fazer faxina na administração pública, moralizando nossa política. Vamos aguardar, pois pior que está não fica!

SALVATORE D' ONOFRIO, professor titular pela Unesp (São José do Rio Preto, SP)

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Assisti ao debate. Ao término, pude constatar que uma candidata, considerando a crise econômica mundial, está convicta de que leva o Brasil em águas calmas e tal crise ainda não conseguiu retirar o que milhares de famílias construíram nos últimos anos; outras duas souberam apenas colocar as vírgulas corretamente nas frases de efeito e foram contraditórias em seus pensamentos; outro, foi só simpático aos demais; teve o convicto de que expressões de arroubo ainda impressionam o povo; sem faltar o que só entendia de religião convencional; e o último que pensa que dirigir uma carreta é o mesmo que equilibrar-se numa bicicleta.

CLÁUDIO DE MELO SILVA (Olinda, PE)

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Debate superficial como sempre. Discursos irreais de quem está de fora do governo. Esqueceram que o país é uma federação, onde Estados e Municípios tem suas responsabilidades definidas pela Constituição Federal, como na saúde, educação e segurança. Jogam frases de efeito facilmente desmontadas com estatísticas econômicas ou sociais como as falas sobre inflação, endividamento, emprego etc. O povo brasileiro merece Aécio ou Marina, de verdade: o primeiro para ajudar a lembrar a todos o desastre que foi o governo FHC. A segunda para mostrar que as coisas podem ser ainda piores do que com FHC, já que fala bobagens como "Chico Mendes era da elite" e propões políticas neoliberais que nem Aécio defende, como autonomia do Banco Central, ao mesmo tempo que é apoiada pelo Itaú. O Brasil não vai ter choque de gestão com esses dois. Vai ter choque de juros, de desemprego, de arrocho salarial, de aumento de impostos. Vai ter choque de realidade. Anotem e cobrem depois.

SUELY REZENDE PENHA, professora (Campinas, SP)

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Marina Silva arejou o debate entre candidatos à presidência quebrando um pouco a polarização caduca de ataque/defesa. Para pessoas divididas entre as verdades que querem ouvir e as mentiras que "precisam" ouvir, veremos o que prevalecerá.

MARCIA ADRIANA TARGA GONÇALVES (Atibaia, SP)

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