Folha de S. Paulo


Leitores comentam artigos sobre conflito entre Israel e Palestina

Ricardo Melo revela seu total desconhecimento da história do Brasil. Sim, porque este povo judaico que formou Israel é o mesmo dos primeiros colonos que vieram de Portugal para o Brasil e, depois, como bandeirantes, delinearam as fronteiras do que hoje é o Brasil. Seria o Brasil também merecedor de um "fim" como ele (e o Hamas) desejam para Israel?

ANITA NOVINSKY, professora e historiadora (São Paulo, SP)

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Há, sim, solução pacífica para o conflito do Oriente Médio. Passa pelo reconhecimento de ambos os lados de sua existência mútua. Preconizar que um Estado abra mão do seu território e do seu direito à existência em prol de uma solução definitiva é de cunho xenofóbico e surreal, e não em benefício da paz.

SONIA SMID (São Paulo, SP)

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Certamente o colunista não estava no seu juízo perfeito. Fosse ele uma vítima direta do conflito, teria, ao menos, explicação. Se fosse ele incumbido de falar das vicissitudes dos índios brasileiros, certamente proporia a volta de brancos, negros e seus descendentes a seus países de origem. Ele propõe mudar a história. Não pode ser levado a sério.

THYRSO DE CARVALHO JÚNIOR (Pereira Barreto, SP)

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Concordo com o sr. Ricardo Melo. A solução ideal é a criação do Estado da Palestina para fazer cessar as atrocidades. Mas parece que não há interesses da extrema direita israelense e dos terroristas do Hamas para isso.

PEDRO VALENTIM (Bauru, SP)

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O artigo "Antissionismo é antissemitismo" (Tendências/Debates, 29/7), de Claudio Lottenberg, foge do foco da questão do conflito atual em Gaza, pois a questão é jurídica. A Resolução da ONU nº 181/1947 autorizou Israel a ocupar 51% da Palestina, mas já na tomada de posse, em 1948, Israel ocupou 78%. Na Guerra dos Seis Dias, em 1967, Israel ocupou mais 20%. Nova resolução determinou a devolução dos territórios ocupados, mas até hoje Israel não os devolveu.

LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO, advogado e psicanalista (Fortaleza, CE)

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Hélio Schwartsman acerta em "Quando todos têm razão" ao dizer que na guerra entre israelenses e palestinos todos têm razão, mas erra ao atribuir a não solução do conflito a essa premissa. Esqueceu-se do ditado popular que diz: "Quando um não quer, dois não brigam".

JOSÉ REINALDO BALDIM (Dourados, SP)

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Jamais assinaria uma carta defendendo o terrorismo de Estado israelense, me apresentando como "professor disso ou daquilo" (o que demonstra um cego apoio a tudo o que Israel faz), simplesmente por uma questão tribal e de pertinência ao judaísmo, mostrando ser incapaz de nutrir idênticos sentimentos de humanidade pelos não-judeus. Enorme "bola fora" das entidades judaicas que sugeriram isso.

MAURO FADUL KURBAN (São Paulo, SP)

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Envergonha a nossa nação como tantos brasileiros acatam os desaforos daquele diplomata judeu, em nossa terra. Ignoram Oswaldo Aranha, que batalhou na ONU, a favor de Israel em 1948. Tenho sérias dúvidas de quem é mais genocida, se Hitler ou o atual Estado de Israel.

KLEBER DE SANTANA SALES (General Salgado, SP)

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A declaração do porta-voz israelense em relação ao Brasil demonstra a arrogância e prepotência com que Israel trata os outros povos. Como esquecer a atuação do "anão brasileiro" Oswaldo Aranha? Amparados na cobertura americana, acham que podem fazer o que quiserem. Porque não se impõe as sanções aplicadas à Rússia, por uma questão política menor, contra Israel? Vamos dar um basta. Uma nova ordem precisa ser criada para que esse tipo de ação seja imediatamente repudiada pelo mundo civilizado.

PAULO SÉRGIO RODRIGUES PEREIRA (Rio de Janeiro, RJ)

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O Estado de Israel, por meio de sua chancelaria, antes de chamar a diplomacia brasileira de "irrelevante", deveria conhecer um pouco mais de história. Se fosse tão irrelevante, talvez não tivesse sido criado o Estado de Israel, pois muitas potências eram contrárias à proposta. Foi o diplomata brasileiro Oswaldo Aranha quem mais se empenhou pela decisão favorável à Israel. Assim, o governo de Israel deveria pedir desculpas ao Brasil. E ainda: o GTNM-SP (Grupo Tortura Nunca Mais) considera os ataques do governo de Israel contra o povo palestino crime de guerra. Essa brutalidade não tem nem aprovação interna, pois muitos judeus e cidadãos israelenses já manifestaram seu desacordo com essa polícia agressiva e violenta. O atual governo de Israel deve ser condenado em tribunais internacionais diante desse genocídio.

ROSE NOGUEIRA E VILMA AMARO, presidente e diretora do Grupo Tortura Nunca Mais-SP (São Paulo, SP)

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Nas atuais circunstâncias, não se trata do direito deste ou daquele povo a um pedaço de terra, e sim de preservar a vida de crianças, mulheres e homens que almejam ter a sua casa, família e país. A que ponto chegou o ser humano no século 21, incapaz de conviver e compartilhar a terra e a paz? Já tivemos dois grandes conflitos, ditos mundiais, fora aqueles menores, mas não menos violentos, que se sucedem periodicamente. Onde estão aqueles que trabalham com a conciliação e pela paz entre os povos?

LUCIANA PALMIERI BRANDÃO ALBA (Florianópolis, SC)

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Criticar e apontar o dedo para a postura do Estado de Israel em detrimento das vítimas do mundo cruel palestinas, como os editoriais da Folha e alguns leitores e colunistas fazem, é fácil e chegam a comover. Agora, pergunto, quais soluções eles apresentam para a solução do conflito?

HELENA KESSEL (Curitiba, PR)

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