Folha de S. Paulo


Leitores comentam conflito no Oriente Médio e declaração de diplomata

O Brasil é uma nação pacífica e tem todo o direito de promover a paz entre os povos. Só que cometeu um deslize diplomático descomunal ao convocar o embaixador brasileiro em Tel Aviv para consulta sem a contrapartida palestina, ou melhor, do Hamas.

Um país que queira emitir opinião sobre um conflito internacional em que não esteja envolvido deve saber fazê-lo. É a isso que se dá o nome de diplomacia e é isso o que este governo precisa aprender a fazer para não ser, muito apropriadamente, apelidado de "anão político".
Luciano Harary (São Paulo, SP)

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O governo israelense esquece que o Estado de Israel existe graças ao trabalho da nossa diplomacia. O chefe da nossa delegação, Oswaldo Aranha, foi fundamental na articulação para conseguir os votos necessários para a aprovação de sua criação.

Pela nossa participação em sua fundação, Israel deveria nos considerar um gigante político.

Discordar da posição brasileira é um direito, mas diminuir nossa política internacional quando não vai ao encontro ao que o governo de Israel defende demonstra seu pouco preparo para equacionar um problema que se arrasta desde a década de 1940.
João Marcos B. Marinho (Indaiatuba, SP)

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O ataque israelense em Gaza, massacrando civis, não pode ficar sem um protesto de nosso governo. Não é possível continuarmos a manter relações com um regime fascista e genocida, que sistematicamente desrespeita os direitos humanos e ainda nos insulta, chamando-nos de "anão diplomático". Vale lembrar que esse "anão" foi o primeiro a reconhecer Israel na ONU.
Arsonval Mazzucco Muniz (São Paulo, SP)

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Estado que combate terrorista com terrorismo é tão criminoso quanto aqueles aos quais se opõe.
Guttemberg Guarabyra (São Paulo, SP)

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Fala-se muito numa suposta reação desproporcional de Israel aos ataques do Hamas. Mas então o que seria uma reação proporcional? Jogar 2.000 foguetes em Gaza, sem alvo definido, como faz o Hamas contra Israel?
Jorge Alberto de O. Marum (Piedade, SP)

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É desproporcional o Hamas escavar tantos túneis para invadir Israel, contrabandeando armas e foguetes. Em vez dos túneis, deveria construir bunkers para proteger seus cidadãos.
Moises Goldstein (São Paulo, SP)

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Marco Aurélio Garcia resolveu responder em nome do governo à qualificação grosseira de Israel para a nossa outrora brilhante diplomacia, mas que, na verdade, está coberta de razão, pois espelha a sua atual penúria, desfigurada desde que passou às mãos incompetentes do PT.

Sua declaração que a qualificação de anão diplomático não merecia consideração, pois foi feita pelo "sub do sub do sub" não foi desmentida pelo "chefe do chefe do sub" e, portanto, continua sendo a opinião oficial de Israel. Rio Branco deve estar se revirando no túmulo.
Ronaldo Gomes Ferraz (Rio de Janeiro, RJ)

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