Folha de S. Paulo


Podemos conviver em paz apesar da rivalidade, diz argentino sobre Copa

Obrigado, Brasil, por ter organizado um Mundial tão belo. Obrigado por ter nos recebido com os braços abertos e demonstrado que nós, argentinos e brasileiros, podemos conviver em paz apesar da rivalidade do futebol e de todos os nossos defeitos. Obrigado, Brasil, pelo belo show musical no encerramento. Minhas lágrimas não são por um jogo perdido, mas só porque terminou este maravilhoso sonho. Obrigado, Brasil! Abraço de irmão!

ALEJANDRO CITRO (Buenos Aires, Argentina)

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O maior legado da Copa do Mundo no Brasil para os estrangeiros foi a nossa hospitalidade, simpatia e gentileza. Que continuemos a ser gentis, atenciosos e cordiais entre nós, brasileiros, sobretudo durante as eleições.

CARMEN MORAES (São Paulo, SP)

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A Copa finalmente chegou ao fim e onde se lê que 95% dos turistas aprovaram nossa hospitalidade significa dizer que eles fizeram aqui tudo aquilo que seria inimaginável em seus respectivos países de origem. Ou seja, somos a "casa da mãe Joana". E em breve, teremos a Olimpíada, com muito orgulho, com muito amor.

JOSÉ AFONSO PEREIRA (Guarulhos, SP)

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Ótimo artigo da jornalista Eliane Brum em torno de importantes ideias. A de que a vitória era lançada como um dado da natureza e não como um produto de um processo construído em torno do trabalho e do esforço da equipe. E a segunda: os meninos da seleção se acreditaram completos, um produto quase perfeito, um patrimônio natural, pois nasceram no país do futebol. Enfim, parece que Luiz Felipe Scolari e sua equipe esqueceram que os "meninos" são jovens ingressos recentemente no mundo adulto, preparados tecnicamente, mas não para enfrentar as frustrações e os golpes da vida do futebol. Por isso, desistiram de enfrentar a Alemanha e a Holanda.

MERCIA KOBAYASHI FARIA (São Caetano do Sul, SP)

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Depois da derrota, aparecem quantidades oceânicas de "engenheiros de obras prontas". Jornalistas esportivos à frente, todos tinham a solução ideal. Gostaria apenas de lembrar que a quarta e a quinta estrelas que aparecem estampadas na camisa da seleção brasileira foram conquistadas por Parreira e Felipão, respectivamente. Mais respeito!

MÁRIO RUBIAL MONTEIRO (São Paulo, SP)

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O leitor Mauro Zenhiti Azana argumenta que a eficiência do futebol alemão é fruto do senso de planejamento, ao contrário do brasileiro, que é adepto da cultura do jeitinho. Mas, se compararmos a quantidade de títulos mundiais conquistados pelos dois países, a nossa cultura do jeitinho está vencendo a do planejamento.

GERALDO MAGELA DA SILVA XAVIER (Belo Horizonte, MG)

Ouvido em uma conversa de padaria, enquanto tomava uma média e comia um pão na chapa: "A vitória é saborosa, mas a derrota é nutritiva". Que a sabedoria contida nessas palavras, cujo autor desconheço, possa nos iluminar para as mudanças necessárias no futebol brasileiro.

MOACIR AMARAL, médico (São Paulo, SP)

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Com a saída já anunciada do técnico Felipão, poderíamos agora, como algumas outras seleções, trazer um técnico estrangeiro. Um sonho seria: Guardiola.

MARCOS BARBOSA (Casa Branca, SP)

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O Felipão se comportou como um homem traído: todos sabiam que a equipe não vinha bem das pernas, menos ele, apesar de toda a mídia alertar em alto e bom som. Ele é uma prova viva de que o pior cego é aquele que não quer ver.

JAIME PEREIRA DA SILVA, jornalista (São Paulo, SP)

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A competição foi formidável, com seus técnicos fazendo bonito e outros fazendo besteira. A Alemanha, sem dúvida foi a melhor seleção. Os países vitoriosos, não só no esporte como na qualidade de vida da população, são aqueles que mantém a educação como prioridade, o que infelizmente não ocorre aqui. A Federação Alemã de Futebol mantém centenas de escolinhas nas quais os alunos estudam uma parte do dia, e depois dedicam-se ao aprendizado do futebol. O resultado disso foi que o esporte se desenvolveu e virou uma paixão nacional, ajudando muito na reunificação da Alemanha Oriental com a Ocidental. Diferente da nossa CBF, que gasta grande parte de sua renda com os cartolas, dirigentes a quem paga salários elevadíssimos.

FABIO FIGUEIREDO (São Paulo, SP)

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Com a tez enrugada, Dilma apareceu, embora de forma blindada. Mas, e Lula? Por que não apareceu?

PEDRO LUÍS DE CAMPOS VERGUEIRO (São Paulo, SP)

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O ex-jogador alemão Lothar Matthäus, criticou os jogadores brasileiros pela choradeira. Mas, além de chorarem muito, rezam muito, também. Campo de futeból não é templo, nem igreja. Deveriam confiar mais em seus pés, e deixar as orações para os carolas.

PERCY DE OLIVEIRA (Rio Claro, SP)

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Estava vendo o aquecimento da seleção holandesa e observei o tempo de duração. Quase uma hora. A seleção brasileira veio para o seu e não levou mais do que quinze minutos e com exercícios levíssimos. Por esse, entre outros motivos, Thiago Silva nem viu a chegada do Robben para lhe tomar a bola a sofrer a falta. Mudanças já!

PAULO SÉRGIO RODRIGUES PEREIRA (Rio de Janeiro, RJ)

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Acho engraçado que as pessoas que estão enaltecendo a determinação e o planejamento dos alemães estejam entre as primeiras a desprezarem o público que foi aos jogos da Copa, chamando de "elite branca". Ora, já se sabia que a Copa seria no Brasil desde outubro de 2007. Mesmo quem ganha um salário mínimo desde então tinha plenas condições de comprar o bilhete mais barato para a Final se conseguisse economizar menos de R$ 5 por mês. A questão do planejamento e da determinação em se atingir seus objetivos claramente não é um problema só da seleção brasileira.

THALES ALESSANDRO DE CARVALHO (Brasília, DF)

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Angela Merkel será acusada de "faturar" com a seleção da Alemanha pela oposição em seu país?

PAULO BETTI, ator (Rio de Janeiro, RJ)

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Chamou atencao a cara carrancuda da nossa presidente na partida final da Copa. Pega bocejando, amuada, seu semblante contrastava marcantemente com o dos convidados que lhe circundavam. Vaias e apupos fazem parte do contexto de um politico em ambiente democrático. Este era um momento de alegria para os vencedores. Os alemães foram humildes e fraternos mesmo quando puderam tripudiar de nos. Mereciam tratamento de igual grandeza da parte da presidenta Dilma.

SERGIO HOLL LARA (Indaiatuba, SP)

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