Folha de S. Paulo


Leitores criticam chamada que classifica Cristiano Ronaldo como playboy

A Folha foi muito infeliz ao chamar na "Primeira Página" o melhor jogador do mundo, Cristiano Ronaldo, de playboy, termo que possui conotação pejorativa em nossa cultura. Cristiano Ronaldo não tem obrigação de "carregar nas costas" a seleção portuguesa. Que rótulo a imprensa estrangeira daria aos nossos ex-melhores do mundo Ronaldo, no episódio com travestis, ou Ronaldinho Gaúcho, que vivia na balada?

VALDIR FERRAZ DE OLIVEIRA (Santana de Parnaíba, SP)

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O Brasil é o anfitrião da Copa, e por isso temos que tratar com cortesia e respeito os estrangeiros que nos visitam. Não bastasse a sórdida agressão a Dilma, exposta para 3,5 bilhões de pessoas, agora vem a Folha agredir Cristiano Ronaldo. Ao colocar "Perdeu, playboy" como chamada de Primeira Página, o jornal dá exemplo de mau jornalismo, fomentando ressentimentos contra Portugal. Não se trata uma nação amiga dessa forma ignóbil, ofendendo seu mais importante ídolo popular e, por extensão, todo o povo português.

AVANI SOUZA SILVA (São Paulo, SP)

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A Folha me tirou a programação diária da TV das páginas do jornal, colunistas muito queridas, como Danuza Leão e Barbara Gancia, e ontem me agrediu com o mau gosto da expressão de marginais na foto de Cristiano Ronaldo. Quanta decadência!

MERCEDES DOS SANTOS SUYAMA (Belo Horizonte, MG)

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Sou assinante deste jornal há muitos anos e estou perplexa e constrangida com a "Primeira Página" desta terça (17). Chamar de "playboy" o jogador não esclarece nada a respeito do jogo e demonstra uma atitude preconceituosa da parte do jornal. Quem perdeu foi o time ou um único jogador? No mínimo, me parece que a Folha tripudiou a imagem pública do jogador. Onde está o espírito esportivo? O "fair play" da mídia brasileira?

OLGA MOLINA (Santo André, SP)

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É com grande desgosto e revolta que leio o título da vossa notícia referente à derrota de Portugal no Mundial de 2014. A escolha da palavra "playboy" é das mais desonestas e inapropriadas. Em futebol ninguém perde sozinho. Logo, ataques pessoais são inadmissíveis. Em pequenos detalhes, demonstram o tipo de jornalistas que são e o jornal que representam.

RUI OLIVEIRA (São Paulo, SP)

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O que parecia impossível aconteceu: a Folha se superou na chamada "Perdeu Playboy". Para contar a derrota portuguesa e a fraca atuação do Cristiano Ronaldo, utilizou o bordão que os assaltantes usam quando metem o revólver em alguém. De um mau gosto inacreditável. Desistam. Os prêmios de jornalismo deste ano já têm dono.

MARCIO MACEDO (Belo Horizonte, MG)

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Logo na capa, em linguagem de botequim ("Perdeu, playboy"), a Folha noticiou a derrota da seleção portuguesa no jogo contra a Alemanha. A manchete, descuidada para um jornal que se diz sério, faz lembrar as gazetinhas de bairro rodadas com parcos recursos. É pena!

ADALBERTO GOMES (Itapevi, SP)

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É lamentável abrir a Folha e deparar com a legenda "Perdeu, playboy" se referindo à figura de um jogador recentemente eleito o melhor do mundo e sua equipe, nada menos que a seleção portuguesa de futebol, por perder um jogo frente aos alemães, detentores de uma equipe fortíssima. Falta de respeito, mau gosto e, sobretudo, covardia estampar uma chamada desse teor. O que está acontecendo com a linha editorial da Folha?

OTIL LARA (Brasília, DF)

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A Folha marcou um gol contra ao desqualificar o jogador Cristiano Ronaldo por meio de uma chamada de capa agressiva e desrespeitosa. O jornal não deveria ter feito esse comentário preconceituoso (playboy) e grosseiro, culpando o campeão pelo fracasso do time português.

RICARDO PEDREIRA DESIO (São Paulo, SP)

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Como um jornal como a Folha ousa agredir seus leitores usando uma frase já clássica dos criminosos nos assaltos? No que a Folha está se transformando? A que tipo de leitor a Folha se dirige? Qualquer análise rasteira de discurso identifica imediatamente o preconceito da frase. Por mais que a Folha discorde das escolhas pessoais de Cristiano Ronaldo, ele, como qualquer outro, merece ser tratado com respeito. Parece-me que a Folha está se perdendo...

PAULO CELSO RUSSI DE CARVALHO, professor (Piracicaba, SP)

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A Folha foi extremamente deselegante com a chamada de capa a respeito da derrota de Portugal para a Alemanha. O fato de o jogador Cristiano Ronaldo ser um playboy não deveria ser utilizado com deboche por uma partida na qual não correspondeu a seu título de melhor jogador do mundo. Decepcionante também o jornal não saber respeitar o profissional.

INES VIEIRA LOPES PIRES (Campinas, SP)

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Me pergunto quem perdeu mais, se o jogador ou os leitores, com uma capa tão pobre. Ela serva apenas para reafirmar, como comportamento padrão de quem inveja o outro, a crítica pejorativa. Lastimável a pobreza de termos. Falemos de futebol!

ACÁCIA CORREA (São Paulo, SP)

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