A manchete "Copa custa só um mês de gastos com educação" é enganosa. Passa a impressão de que o custo da Copa do Mundo é baixo, o que não é verdade. Se fosse feita uma comparação entre o percentual de gastos com a Copa e com a educação na África do Sul, na Alemanha ou em qualquer outro país, faria mais sentido. Segundo a Folha, nosso Mundial está saindo por uma bagatela.
ROMANO FABRIS (São Paulo, SP)
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A Folha desfez a demagogia: dos R$ 25,8 bilhões gastos com a Copa, R$ 8 bilhões são empréstimos para a construção dos estádios. O resto é infraestrutura necessária, limitando o prejuízo aos juros subsidiados pelo BNDES aos estádios. Logo, o Mundial não custará 30 dias de gastos com educação, o que é muito inferior ao seu retorno econômico.
ANTÔNIO BEETHOVEN CUNHA DE MELO (São Paulo, SP)
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Achei infeliz e fora de contexto a comparação do custo da Copa com os gastos com educação. Seria mais coerente comparar com o investimento em mobilidade, habitação, saneamento e demais obras de infraestrutura que deixaram de ser executados com os gastos para o Mundial de futebol.
JUNICHI KINOSHITA, engenheiro (Belo Horizonte, MG)
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Na terça-feira (20/5), o colunista Fernando Rodrigues afagou a presidente Dilma Rousseff em seu artigo "A onda". Na sexta (23/5), o jornal publicou uma reportagem dizendo que os gastos com a Copa do Mundo são irrisórios. O povo brasileiro não é louco para reeleger a fraquíssima presidente Dilma e manter toda essa loucura. O Brasil está de cabeça para baixo. Precisamos desvirá-lo na próxima eleição.
JAIME PEREIRA DA SILVA, jornalista (São Paulo, SP)
Parabéns a Contardo Calligaris pela coluna "O Brasil existe?". Ele definiu nosso sentimento em tempos de Copa. Uma nota tocante chamou minha atenção. No gesto das famílias de Pernambuco que, pejas de vergonha, chorando de humilhação, procuravam devolver o que os filhos haviam roubado nos saques durante a greve dos policiais militares, estão expressos, limpidamente, os valores mais caros a esses nordestinos: a honradez, o caráter, o senso de justiça, enfim, tudo o que falta a muitos de nossos políticos e governantes. Daí a frase que encerra o texto: "Eles são nossa seleção". Por ela, vale a pena torcer e lutar.
MARIA ESTHER FERNANDES (Ribeirão Preto, SP)
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A Fifa com certeza baterá seus recordes financeiros e nós continuaremos a manter os horrorosos índices de educação e de saúde pública. Se o dinheiro gasto pelo Brasil neste delirante projeto "lulopetista" da Copa do Mundo" fosse investido nesses dois setores críticos, seguramente os indicadores estariam bem melhores hoje e a população mais feliz e orgulhosa.
LUCIANO HARARY (São Paulo, SP)
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A manchete da Folha de ontem foi bastante tendenciosa. Para o leitor que só lê o título da notícia fica a impressão que os gastos são insignificantes, quase nada. Acontece que são altos demais e escancaram, para quem faz uma leitura mais atenta, a baixa qualidade da educação e saúde oferecidas à população. Parece que a Folha esqueceu o seu papel jornalístico de informar de maneira isenta o seu leitor e encarnou o espírito da Copa, alimentando um ufanismo que não cai bem em uma manchete de um veículo com tanta tradição.
JAIME LUIZ LEITÃO RODRIGUES, professor e escritor (Rio Claro, SP)
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Às vésperas do início da Copa do Mundo, os dados e informações publicadas sobre os gastos deste evento têm surpreendido por serem surreais. É óbvio que, diante de tais números, a população saia às ruas para se manifestar. Em um país com problemas dentro e fora da escola, com altos índices de criminalidade, com presídios abarrotados, hospitais sem estrutura e uma política manchada pela corrupção, mesmo que haja Copa, não há muito o que comemorar.
MONIZE MODESTO, consultora comercial (Americana, SP)
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Faltando poucos dias para o inicio da Copa do Mundo no Brasil,a expectativa maior no momento é sobre o que vai ocorrer fora dos estádios.
ANDRÉ PEDRESCHI ALUISI (Rio Claro, SP)
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