Folha de S. Paulo


Leitor critica carro híbrido e pede prioridade para o etanol

O carro híbrido só é "verde" se está pintado de verde. O primeiro carro elétrico foi fabricado na Escócia, em 1830. O primeiro carro que entrou na cidade de Seattle (Estado de Washington) em 1900 era elétrico. Apenas para lembrar que há países que sabem fazer o carro elétrico há mais de um século.

No carro híbrido, temos a parte da gasolina. É quase unanimidade que a gasolina é suja (menos para aqueles que a produzem e alegremente a vendem). Mas vejamos a parte "limpa". O economista Celso Ming escreveu numa ocasião: "O carro elétrico é limpo só na tomada". A eletricidade vem de onde? Ela pode ter sido produzida até via termelétrica com carvão ou petróleo.

Por outro lado, o Brasil criou o álcool combustível e o carro a etanol. E a Volkswagen do Brasil lançou o carro flex em 2003. Ainda hoje, é o único país em que se pode abastecer com álcool ou gasolina no mesmo posto. Mas, de repente, o governante decide que esta é a era do pré-sal. Resultado curioso, o Brasil importa gasolina e, pasmem, álcool dos Estados Unidos. Ah, estava esquecendo: álcool de milho!

Desde o primeiro governo Lula há pessoas no primeiro escalão querendo o Brasil investindo pesado no carro híbrido. Por que desprezar o nosso? O Brasil deveria ser pioneiro em pesquisa para aprimorar o carro bicombustível e inundar o mundo com carros flex.

*

PARTICIPAÇÃO

Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br


Endereço da página:

Links no texto: