Folha de S. Paulo


Leitores comentam manifestações sobre os 50 anos do golpe de 1964

O artigo "Censura escancarada", do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), é um delírio repugnante. Bolsonaro é resquício de radicalismos da Guerra Fria que deveriam ser esquecidos. Por mais que respeite o debate e a pluralidade de opinião, dar voz a alguém apenas capaz de rugir besteiras e repercutir propaganda "anticomunista" simplesmente não contribui com qualquer discussão, muito menos sobre a ditadura militar.

BERNARDO ASSEF PACOLA (Ribeirão Preto, SP)

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Neste Painel do Leitor, o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) afirmou que se fez silêncio e que o plenário virou as costas ao deputado Bolsonaro por repúdio à censura e à tortura praticadas durante a ditadura. Lógico que não existe ditadura melhor que outra, e o silêncio se fez, compreensivelmente. Mas pergunto: por que o senhor deputado e o seu partido, que se dizem de esquerda, não fizeram esse mesmo silêncio, permitindo que a blogueira cubana Yoani Sánchez e que a deputada venezuelana María Corina Machado, cassada por Maduro, tivessem a palavra? Por partidarismo ou por hipocrisia?

JOSE E. RUBIN (S. Caetano do Sul, SP)

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Desejo alertar o deputado Chico Alencar de que se não fossem os militares em 1964, ele, talvez, não estaria hoje na Câmara dos Deputados falando o que quisesse, com todas suas "mordomias".

KLEBER DE SANTANA SALES (General Salgado, SP)

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Discordo da manifestação dos alunos contra o professor da USP Eduardo Gualazzi. Ele exprimia o seu pensamento sobre os 50 anos do golpe. Cabia aos alunos –futuros advogados, juízes, procuradores– debaterem com o professor. Não precisavam partir para a agressão, ainda que verbal. A democracia é o melhor regime, pois permite a convivência entre pensamentos opostos. Cercear alguém por não ter o nosso pensamento é deixar de pertencer à democracia. Só regimes totalitários não permitem oposição.

NELI APARECIDA DE FARIA, procuradora do município de São Paulo (São Paulo, SP)

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