Do escândalo envolvendo a Petrobras e suas perdas por má gestão, nenhuma linha se escreveu sobre os pequenos investidores que, como eu, valeram-se de recursos do FGTS para investir em ações dessa empresa. Apesar do controle estatal, a Petrobras também negocia ações na Bolsa e expõe os frágeis e diminutos investidores a tantos desmandos e enquadramentos partidários. Assevero que, se acaso imaginasse que o PT dilapidaria de tal forma o patrimônio e o valor de mercado da maior companhia brasileira, teria me desfeito de minhas poucas ações há tempo.
VINICIUS MOREIRA MITRE, advogado (Belo Horizonte, MG)
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A ex-ministra Marina Silva tocou o dedo na ferida ao defender em seu último artigo ("Causas Profundas", "Opinião", ontem) o saneamento da Petrobras. Tomara que ela promova a limpeza caso volte ao governo federal.
ZULCY BORGES (Itajubá, MG)
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O que a poderosa Associação dos Engenheiros da Petrobras tem a dizer sobre os últimos acontecimentos? O silêncio da associação está ensurdecedor.
MAURO CAON, engenheiro (São Paulo, SP)
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É muita cara de pau do senador Alvaro Dias (PSDB-PR) pedir a abertura de CPI para o caso da Petrobras, visando "defender o patrimônio do Brasil". Por que não fez o mesmo por ocasião do movimento privatista, do qual participou, no caso da Vale do Rio Doce? Isso não foi só um mau negócio. Certamente, foi um crime de lesa-pátria. É preciso abrir uma CPI das privatizações.
PAULO SÉRGIO RODRIGUES PEREIRA (Rio de Janeiro, RJ)
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Concordo que a questão da compra da refinaria deve ser esclarecida e, neste sentido, seria importante entrevistar os membros não governamentais do Conselho de Administração.
EURIVALDO SAMPAIO DE ALMEIDA (São Paulo, SP)
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A decisão de implantar ujma CPI no Congresso Nacional para apurar problemas da Petrobras, por certo tem a finalidade eleitoral. Mas qual deve ser a posição dos membros da oposição em relação às denúncias de desvios de quase 850 milhões de reais com obras programadas pelos governos paulistas? E também com a devolução do processo do mensalão mineiro àquele Estado? E ambas as situações remontam ao ano de 1998. Será que os oposicionistas serão coerentes na discussão e encaminhamento legal destas questões, ou é pedir muito?
URIEL VILLAS BOAS (Santos, SP)
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Não creio que a gigante Petrobras seja miúda em seu quadro jurídico. Certamente todos os contratos são submetidos a tal departamento, inclusive o de Pasadena. Daí ser inaceitável, para efetivar a compra, a alegação de falha elementar no relatório básico disponibilizado ao Conselho. Comenta-se que o grupo belga, que vendeu a refinaria para a Petrobras, foi um generoso contribuinte em duas campanhas presidenciais. Certamente isto e muito mais será esclarecido pela CPI.
HUMBERTO SCHUWARTZ SOARES (Vila Velha, ES)
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