Folha de S. Paulo


Qualidade do transporte não se mede apenas pela rapidez, afirma leitora

O gestor público despreparado e sem assessoria técnica competente precisa entender que a qualidade do transporte público não reside apenas na rapidez.

É preciso considerar também, e no mínimo, a frequência, a abrangência da malha, a pontualidade, a segurança e o conforto dos veículos, o treinamento e a cortesia dos condutores e a questão ambiental.

Não é inteligente o prefeito achar que pintar faixas de ônibus simplesmente mudará da noite para o dia a atitude dos motoristas dos 7 milhões de veículos da capital paulista.

Não me sinto nem um pouco inclinada a trocar o meu carro pelo ônibus (já que no meu local de residência e no trabalho ainda não sou atendida pelo metrô) enquanto essas premissas não forem atendidas. Pelo jeito, e segundo o texto, não sou a única ("Mesmo com faixas, motoristas não trocam carros por ônibus", "Cotidiano", ontem).
Sergina Machado (São Paulo, SP)

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Foi com imenso pesar que li a reportagem que afirma que "mesmo com as faixas, motoristas não trocam carros por ônibus". Eu troquei. Não todos os dias, mas três vezes por semana vou, de Perdizes a Pinheiros, e volto do meu trabalho de ônibus.

Foi depois da implementação das faixas que decidi experimentar e, qual foi minha surpresa, minha adesão veio para ficar. Dez minutos a mais diariamente são um ganho mínimo perto do avanço que tem significado para mim, como cidadã, utilizar o transporte público.

Sinto estar contribuindo para uma mudança efetiva de mentalidade. Não devo ser a única pessoa em São Paulo a estar passando por esta experiência.
Maria Elisa Pessoa Labaki (São Paulo, SP)

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A Folha foi direto ao ponto mostrando o descaso da administração municipal com a cidade. Moro no Campo Belo e venho acompanhando a sujeira nas ruas, os buracos e as placas, que ou estão tortas ou tão sujas que é impossível ver o endereço.

Ser prefeito é fazer funcionar o óbvio na prestação de serviços.
Arrecadar em nome dos pobres e não devolver nada para a população é enganar os eleitores.
Fabio Niel (São Paulo, SP)

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Junto-me a Barbara Gancia no apoio ao aumento de IPTU proposto pelo prefeito Haddad ("Coxinha lembra Erundina", "Cotidiano", 20/12). Moro no Alto de Pinheiros e o valor de cálculo do meu IPTU é metade do que vale meu imóvel hoje em dia.
Toda medida, reconheço, tem seus efeitos colaterais, mas a atualização do valor dos imóveis é real, justa e necessária. Quem tem mais tem que pagar mais.
Fabiana Tambellini (São Paulo, SP)

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Causou-me estranheza o texto da colunista Barbara Gancia em defesa do atual prefeito.

Quando ministro, demonstrou incompetência, quando prefeito, para não esticar o assunto, cito apenas que determinou que os proprietários de veículos deveriam ser ressarcidos do valor pago referente a inspeção veicular, ou seja, os ciclistas e os que utilizam o transporte público devem pagar a conta. Incrível.
Roberto Tadeu Aurichi (São Paulo, SP)

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A Fiesp e outras entidades têm feito muito nas áreas sociais, e é natural que se preocupem com a economia da sociedade, que, quando "assaltada" pelo poder público, deve reagir com muita veemência. Antes de aumentar impostos, o prefeito Fernando Haddad deveria cuidar de reduzir despesas, aumentar a eficiência da máquina burocrática, reduzir a corrupção, eliminar os cargos desnecessários e não preenchê-los com os companheiros.

A sociedade exige mais respeito com as instituições que estão promovendo o progresso do país.
Virginia Tastardi (São Paulo, SP)

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