Folha de S. Paulo


Leitores comentam indefinição na criação de partido de Marina

A Folha renunciou à costumeira ponderação de seus editoriais com a publicação do texto "Emaranhado de Marina" ("Opinião", ontem). Ora, uma interpretação judicial que procure integrar as normas jurídicas a fim de possibilitar uma decisão razoável, afastando formalismos exagerados e disparatados, não representa em nada uma alegada flexibilização nociva.

Dizer que Marina Silva se aproxima de práticas políticas deletérias representa uma conclusão sem fundamento nos fatos e valores em jogo.

PAULO CESAR REBELLO GIACOMELLI (Alto Paraíso de Goiás, GO)

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O caso de Marina Silva (e da Rede) representa o alto custo de uma pessoa ser correta no Brasil. É inegável que Marina seguiu à risca o protocolo para criar um novo partido, mas assinaturas foram glosadas. Já o partido de Paulinho da Força (o Solidariedade), sobre o qual recaem suspeitas, deve ter um advogado que "sabe que botões apertar".

RODRIGO ENS (Curitiba, PR)

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A situação de Marina Silva, que luta pela criação da Rede, mostra uma grande contradição no comportamento da ex-senadora. De um lado, a sua dificuldade no cumprimento da burocracia necessária junto ao TSE demonstra que ela é apenas mais uma pessoa a criar um partido, repetindo a atitude de outros "partideiros". Além disso, alguns de seus aliados tentam dar a impressão de ser ela a única alternativa ao atual governo federal.

Efetivamente, precisamos de um sistema eleitoral que elimine partidos que não alcancem um determinado quociente eleitoral.

URIEL VILLAS BOAS (Santos, SP)

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Ao lembrar do bipartidarismo dos tempos sombrios da ditadura, concluo que é preferível termos hoje esse amontoado de legendas que, bem ou mal, toca a democracia para a frente com ideologias para todos os gostos. Mas deveria haver um critério mais rigoroso para as siglas terem ou não participação no Fundo Partidário.

Mesmo que seu partido não seja aprovado, Marina Silva tem como se candidatar à Presidência, e isso graças a uma infinidade de legendas e, claro, à nossa incipiente democracia.

CLAUDIR JOSÉ MANDELLI (Tupã, SP)

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