Folha de S. Paulo


Leitora critica vaias a médicos cubanos durante chegada ao Brasil

É lamentável a hostilidade com que os médicos estrangeiros estão sendo tratados por seus colegas no Brasil. Além disso, há muita arrogância dos médicos brasileiros quando dizem que não vão corrigir erros dos colegas estrangeiros, como se corrigissem os erros dos médicos daqui.

Eu mesma sou vítima de um otorrino que, ao tentar remover um pólipo do nariz, cortou um músculo de meu olho esquerdo e eu fiquei não só estrábica como com a visão completamente desfocada. Enxergo duplamente todas as imagens. Consultei oito oftalmologistas e nenhum conseguiu corrigir o erro.

GILCÉRIA OLIVEIRA (São Paulo, SP)

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É uma vergonha o comportamento de médicos brasileiros ao vaiar colegas cubanos.

LUCIA DE LION (São Paulo, SP)

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Quanto mais os representantes da classe médica criticam a vinda dos médicos estrangeiros para garantir a reserva de mercado, mais atraem a antipatia da opinião pública. Não perceberam que caíram na armadilha do governo --que, para justificar o fraco desempenho na saúde, lançou mão dessa medida populista?

EVALDO GÂNDARA BARCELLOS (Santa Rita do Passa Quatro, SP)

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Que me desculpem os médicos, mas a interessante e oportuna entrevista com a médica cubana Ivonne Sanchez, radicada em Cordeirópolis, SP ("Cotidiano", 25/8), me faz crer que a única anormalidade que poderá ocorrer com a vinda de médicos cubanos será um "choque de qualidade" no atendimento às pessoas de baixa renda.
Falo por experiência própria como paciente do SUS e de planos de saúde baratos, sem levar em conta o meu passado de ribeirinho do rio Amazonas, num lugarejo onde só existia parteira, benzedeira e carpideira e a morte chega por impaludismo, febre amarela, nó nas tripas e flechada de boto, sem direito a atestado de óbito assinado por médico.

BENTO COELHO MARQUES DE ABREU (São Paulo, SP)

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Que inocência desses leitores... Deveriam se informar antes de escrever absurdos. Primeiro, o Brasil não precisa de médicos, precisa de infraestrutura; quem disse que os médicos não vão para a periferia? O governo fica colocando o povo contra os médicos. Façam uma visita a um hospital público e verão médicos jovens e velhos se virando em mil para atender uma multidão.

LUCIA MARIA DE LUCENA MOREIRA LOPES (São Paulo, SP)

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Com a chegada dos primeiros médicos cubanos ao Brasil, o governo federal apressa-se em divulgar os critérios e as normatizações que serão usados para controlar a atuação do grupo no país. Correto. Qual o problema então em submetê-los ao Revalida, critério fundamental de avaliação? Pirraça contra as entidades representativas dos médicos? Ou certeza da reprovação dos cubanos? Seja por um motivo ou por outro, o fato é que o Brasil continua sendo o lugar em que tudo acaba em samba.

LUCIANO HARARY (São Paulo, SP)

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