Folha de S. Paulo


Leitor propõe fim do voto secreto nos Legislativos do país

Acompanho com interesse as manifestações pelo Brasil, mas fico preocupado com a falta de objetivos em comum nos protestos. Acho que uma forma rápida e eficaz de separar o joio do trigo na política seria adotar o fim do voto obrigatório e do voto secreto em todas as instâncias (municipal, estadual e federal), evitando, assim, que políticos desonestos se escondam e pratiquem desmandos sem que a população desconfie.

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Precisamos saber se o político votou, como votou, quando votou e por que votou.
Em um país que se diz democrático, nada mais justo que saber a posição de nossos políticos.

FERNANDO BARTHOLO (Uberaba, MG)

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Durante toda a semana passada, vi a imprensa mostrar e entrevistar centenas de manifestantes. Nós já sabemos qual foi o objetivo das manifestações. Agora falta a imprensa entrevistar nossos deputados e senadores para saber o que eles irão fazer para pôr em prática as exigências da sociedade e, finalmente, começarem a representar seus eleitores.

ADRIANA PECCININI (Piracicaba, SP)

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Quem esconde a cara nos protestos e provoca arruaças e depredações só pode ser bandido. Os responsáveis pelos protestos devem excluir esses baderneiros, pois só assim terão seus propósitos reconhecidos.
De bandidos bastam alguns políticos que não se interessam pelo bem-estar do país.

MÚCIO TAVARES DE OLIVEIRA (São Paulo, SP)

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Como assídua leitora da Folha, em inúmeras ocasiões enviei comentários para o Painel do Leitor, discutindo notícias e fatos da realidade do Brasil. Algumas vezes refreei meus ímpetos, para evitar passar a impressão de ranhetice revolucionária de uma jovem idealista dos anos 70. Porém, diante dessas manifestações dos jovens, carregadas de energia democrática e republicana, vejo que a minha indignação durante todos esses anos não foi em vão. Ao contrário, fui capaz de externar um sentimento difuso, um grito em potencial que asfixiava e fervilhava no coração e na alma dos meus compatriotas.
Estou com a alma lavada, obrigada Brasil.

ÂNGELA LUIZA S. BONACCI (São Paulo, SP)

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Os primeiros efeitos das passeatas começam a aparecer. A desistência da presidente Dilma de manter sigilo dos gastos de suas viagens e a suspensão do aumento dos pedágios em São Paulo mostram que, de fato, os governos se sentiram acuados e passaram a temer a voz do povo. Mesmo em um movimento com infinitos temas de protesto, governos em todos os níveis passam a agir como "mulher" de malandro, conforme o dizer de Nelson Rodrigues: "Se o povo não sabe direito por que está batendo, os governos sabem muito bem por que estão apanhando".

LUCIANO RICARDO DE SOUZA (São Paulo, SP)

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Se, em São Paulo, é possível manter a tarifa [de transporte coletivo] em R$ 3, por que ela foi aumentada para R$ 3,20 e, sob pressão popular, voltou-se atrás? Ou não era necessário o aumento, o que indica irresponsabilidade, ou era e o problema está sendo empurrado para a frente, com previsíveis consequências.

ROBERTO CROITOR (São Paulo, SP)

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Elio Gaspari cometeu grave erro na coluna do último domingo ("Dragão de biombo", "Poder"), distorcendo fatos e omitindo toda a verdade sobre a revogação do aumento da tarifa.
O prefeito Haddad foi a Paris em 8/6 para, com o governador Alckmin, defender São Paulo como sede da Expo 2020. O Movimento Passe Livre (MPL) só pediu audiência no dia 11/6. Desde o primeiro protesto, Haddad se dispôs a dialogar. A decisão de baixar a tarifa se deu após o prefeito ouvir o Conselho da Cidade e buscar alternativas. O cancelamento foi decidido com Alckmin e o prefeito do Rio.
Veterano jornalista, Gaspari deveria não se acovardar diante da verdade para fazer suas análises e tirar suas conclusões.

ANTONIO DONATO, secretário de Governo da Prefeitura de São Paulo (São Paulo, SP)

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Por que o metrô de SP caminha a passos de tartaruga? A linha amarela, já em funcionamento há tempos, ainda tem cinco estações desativadas ou não construídas. As avenidas Rebouças, Eusébio Matoso e Francisco Morato possuem um tráfego que inferniza a população e não se ouve falar absolutamente nada sobre a finalização da linha, que já possui mais de dez anos de construção. Será que os últimos acontecimentos não podem servir de estímulo para o governador?

FRANCISCO CARLOS QUEVEDO (Jaú, SP)

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