Folha de S. Paulo


14/03/2013 - 16h04

Para leitor, perfil do novo papa é ideal para situação atual da igreja

LEITOR JOÃO PEDRO STRABELLI
DE SANTA FÉ DO SUL (SP)

A pessoa pode ter sido surpresa, mas o papa não. Para quem olha de fora da Santa Sé, pode parecer que ele é uma novidade, mas Francisco reúne todas as características esperadas para o novo papado, trazendo mais algumas desejáveis.

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A primeira delas é que ele é humilde e discreto; chegando a cozinhar suas próprias refeições.

Na situação atual da igreja, esse é o perfil ideal, alguém que não fale muito, mas faça.

Além disso, o papa Francisco não se alinhou com o governo argentino em questões como o aborto e o casamento gay.

Para quem não é católico e olha de fora, isso pode parecer algo que atrapalhe, mas a igreja sobreviveu estes 2.000 anos exatamente com essas posições e não mudará.

Habilidade para discordar de governos e instituições é algo mais que desejável, é questão de sobrevivência, como mostra a situação dos católicos na China.

Nesse delicado equilíbrio entre fazer a igreja entrar no terceiro milênio sem perder sua essência, os cardeais preferiram optar pela escolha mais lógica: alguém fora da especulação da mídia e de analistas, mas com aptidões suficientes para o papado.

Reprodução/Twitter.com/SanLorenzo
Jorge Mario Bergoglio, eleito papa na quarta-feira (13), com flâmula do San Lorenzo
Jorge Mario Bergoglio, eleito papa na quarta-feira (13), com flâmula do time argentino San Lorenzo

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