Folha de S. Paulo


16/02/2013 - 08h30

Leitores comentam textos sobre a renúncia do papa na Folha

DE SÃO PAULO

Leitores comentam textos sobre a renúncia do papa Bento 16 publicados na Folha.

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Em mais um pronunciamento desde que anunciou a sua renúncia ao papado, Bento 16 exortou a Igreja Católica a se modernizar.

Bem, o papa teve quase oito anos para pôr em prática o que agora prega. Ficam as perguntas: por que não o fez? De onde partiram as pressões contrárias a essa modernização?

JOSÉ PAULO SCHNEIDER (Rio de Janeiro, RJ)

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A Folha estava indo muito bem nas análises sobre a renúncia de Bento 16, até que Barbara Gancia perpetrou o texto "Bento, o Arregão" ("Cotidiano"), no qual, além da palavra canhestra usada no título, se refere ao papa como "um sujeito".

O texto é de um "ganciacentrismo" comovente. Depois de autoproclamar-se "fiel a mim, da forma mais digna e transparente possível, caminhando no sentido contrário das farsas, da impostura e das trevas que me foram impostas pela herança de uma educação católica", Gancia explica que seu texto seria contra "esses malucos de batina [que] queiram me afastar de Cristo sentenciando que minha homossexualidade não se encaixa no conceito que eles fazem de amor".

JOSÉ RUBIM CEZAR (São Carlos, SP)

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No artigo "Bento, o Arregão", Barbara Gancia pôs o dedo na ferida da hipocrisia vaticana. Poucos tiveram esse desassombro.

De forma desabusada, mas consistente, fez tremer nas catacumbas da cidade eterna os ossos de muitos profetas. O barco petrino enfrenta um dilema no epicentro de um furacão: ou "aggiorna" ou soçobra. O seu destino está nas mãos de 118 cardeais.

JOSÉ PORTO (São Paulo, SP)

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Osservatore Romano - 28.mar.2012/Efe
O Papa Bento 16 (à dir.) durante encontro com o ex-presidente cubano, Fidel Castro, em Havana, Cuba, em março do ano passado
O Papa Bento 16 (à dir.) durante encontro com o ex-presidente cubano, Fidel Castro, em Havana, Cuba, em 2012

Disse o jornalista Clóvis Rossi que o papa citou o Evangelho de Mateus para, ao que parece, expor suas razões para a renúncia ("Bento 16 aponta hipocrisia e divisão na igreja", "Mundo").

É interessante esclarecer que, na verdade, tal Evangelho é previsto pela liturgia da Igreja Católica para o tempo da Quaresma. Não há, portanto, nenhuma escolha do papa para expor as razões da renúncia, já explicadas no dia 11.

MÁRIO PRISCO PARAÍSO (Florianópolis, SC)

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Como leitor da Folha há 40 anos, procurei inspiração em suas páginas para a solução ideal para o conclave que elegerá o novo papa. E cheguei à configuração ideal para o novo pontificado que irá reformar a Igreja Católica e conduzi-la ao caminho do céu.

Como pontífice, poderíamos ter Juca Kfouri, um papa esportista e de consenso, que escolheria Barbara Gancia como secretária de Estado. Para a função de prefeito da Congregação da Doutrina da Fé um só nome se impõe: Leonardo Boff! Poderíamos ainda nomear Eliane Cantanhêde como porta-voz do Vaticano e Clóvis Rossi como visitador apostólico. A pergunta que me preocupa é se haverá algum desses nas missas de domingo.

JOÃO LUIZ DA COSTA VIDIGAL (São Paulo, SP)

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