Folha de S. Paulo


Foi um concurso de aspirantes que revelou Danilo Gentili

Comédia stand-up não é novidade no Brasil. Pode-se traçar sua origem até o século 19. Já estava lá, no teatro de revista, nos chamados números de cortina, entre um quadro e outro. Um comediante fazia a ligação das cenas, de pé. Comentava a política, os costumes, dizia o que pensava, ria de si mesmo.

Avançou pelo século 20 com nomes como Silveira Sampaio e José Vasconcellos. Sampaio foi colunista da Folha e comandou o primeiro programa de "talk show" brasileiro nos anos 50, como fazem hoje seus seguidores Jô Soares e Danilo Gentili. Marcelo Mansfield o considera "o embrião do stand-up, o primeiro 'one man show' do Brasil".

Mas foi na última década que a comédia stand-up se estabeleceu de fato, a partir dos bares de Pinheiros, com o próprio Mansfield, que havia estreado no gênero nos EUA e também foi colunista da Folha, e o gaúcho Rafinha Bastos. Vieram em seguida Diogo Portugal, de Curitiba, Gentili, de Santo André, e a coisa não parou mais.

Foi em noite de "microfone aberto", quando o bar permite que aspirantes se apresentem, que Gentili e muitos de seus colegas começaram a ocupar seu lugar entre os maiores comediantes brasileiros. E é com o mesmo espírito que a Folha prepara agora um projeto de stand-up, por meio de vídeos enviados à Redação.


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