A ideia de plebiscito para a reforma política lançada pela presidente Dilma Rousseff como resposta às "vozes das ruas" não vai na direção certa, para o ministro aposentado do Superior Tribunal Militar Flavio Bierrenbach. "As fórmulas mágicas, as alquimias políticas, meros placebos institucionais, nada resolvem, só agravam e prolongam a doença", diz. "Os pronunciamentos populares, sejam plebiscitos ou referendos, já foram matrizes de algumas ditaduras e ajudaram a sepultar outras. Estão sempre na ambiguidade da transição, ponto de partida ou ocaso de um regime de exceção."
O jornalista Breno Altman, diretor editorial do site Opera Mundi, avalia que "o plebiscito sobre reforma política é caminho que vai além de ouvir as ruas, pois a essas devolve o poder originário previsto na Constituição. Sem esse passo, qualquer outra iniciativa será parte do surrado axioma de que algo deve mudar para tudo permanecer como está".
Plebiscito é o melhor caminho para a reforma política?
NÃO - A pauta que parou (Flavio Flores da Cunha Bierrenbach)