Folha de S. Paulo


Delator acusa Michael Flynn de avisar fim de sanções à Rússia a empresário

Susan Walsh - 1.dez.2017/Associated Press
O ex-conselheiro de Segurança Nacional de Trump Michael Flynn deixa tribunal federal em Washington
O ex-conselheiro de Segurança Nacional de Trump Michael Flynn deixa tribunal federal em Washington

Um delator ouvido pela equipe de investigação sobre a suposta ligação da equipe de campanha de Donald Trump com a interferência russa na eleição de 2016 acusou o ex-conselheiro de Segurança Nacional Michael Flynn de avisar a um empresário que as sanções dos EUA contra a Rússia acabariam.

Segundo o jornal "The New York Times", o homem, cujo nome não foi revelado, afirma que Flynn passou a informação a Alex Copson, da ACU Strategic Partners, em 20 de janeiro, dia da posse de Trump.

Antes de entrar na campanha republicana, em meados do ano passado, Flynn foi contratado por Copson para tecer um plano a fim de conseguir o apoio do Kremlin para seu projeto de construção de usinas nucleares no Oriente Médio.

A iniciativa estava travada devido às punições impostas pelo ex-presidente Barack Obama desde 2014 —as medidas, porém, ainda não foram derrubadas por Trump.

O empresário teria dito ao delator que "era o melhor dia da minha vida" porque "vou começar algo em que estou trabalhando há anos, e agora recebemos o aval para ir".

Na sequência, Copson teria mostrado a mensagem de Flynn assegurando a aprovação do término das punições e dizendo que ele continuasse com seu plano. "Isso vai deixar muita gente rica", disse.

A declaração aparece em uma petição do deputado Elijah Cummings, líder democrata na Comissão de Supervisão e Reforma do Governo, ao presidente do órgão, Trey Gowdy, de investigação dos novos indícios. Na sexta (1º), Flynn confessou ter mentido ao FBI sobre os encontros que teve com o embaixador russo.


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