Folha de S. Paulo


Suprema Corte espanhola nega fiança para líderes da Catalunha

A Suprema Corte da Espanha negou nesta segunda-feira (4) fiança para dois líderes pró-independência da Catalunha acusados de sedição, às vésperas de eleições que Madri espera que irão neutralizar a pior crise política do país em quatro décadas.

Oito membros do gabinete, incluindo o vice-presidente catalão, Oriol Junqueras, foram colocados sob custódia em 2 de novembro e enfrentam possíveis acusações de sedição, rebelião e apropriação indevida de fundos.

Em declaração a corte, o juiz decidiu que, embora considerasse que não havia risco de que os réus deixassem o país, ele acreditava no risco de reiteração criminal.

Os políticos catalães têm pedido sua soltura para fazer campanha para as eleições, que começam nesta terça (5). Com isso, eles ficarão no cárcere até o pleito, no dia 21.

A batalha entre Madri e os independentistas na rica região do nordeste do país afetou a economia nacional e fez com que várias empresas mudassem sua sede legal para fora da Catalunha, que responde por cerca de 1/5 da economia da Espanha.

O ex-chefe de governo regional, Carles Puigdemont, e quatro de seus ministros, fugiram para a Bélgica logo após uma declaração de independência em 27 de outubro. A Justiça do país decidirá sobre a extradição de Puigdemont no dia 14 de dezembro.

Enquanto muitas pesquisas mostraram que as eleições devem ser acirradas entre os pró-independência e os pró-união, as últimas pesquisas mostram os independentistas perdendo a maioria no Parlamento regional.

Os partidos separatistas aparecem vencendo 67 das 135 cadeiras do Legislativo catalão, fazendo com que percam a maioria que possuíam.


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