Folha de S. Paulo


Estados Unidos não podem julgar a Turquia, diz presidente Erdogan

Associated Press
Turkey's President Recep Tayyip Erdogan talks during a rally in Istanbul, Sunday, March 12, 2017. The escalating dispute between Turkey and the Netherlands spilled over into Sunday, with a Turkish minister unable to enter her consulate after the authorities there had already blocked a visit by the foreign minister, prompting Erdogan to call the Dutch fascists. Erdogan said at the rally:
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan

As cortes dos Estados Unidos não podem julgar a Turquia, afirmou o presidente turco Recep Tayyip Erdogan, neste sábado (2), em referência ao caso de um executivo de um banco da Turquia acusado de burlar sanções americanas ao Irã.

Laços já tensos entre Ankara e Washington, aliados da Otan, deterioraram-se nas últimas semanas depois que o ourives iraniano Reza Zarrab, que está cooperando com promotores americanos, detalhou, diante da corte, um esquema para fugir das sanções dos EUA.

Depois de três dias de testemunhos, Zarrab implicou políticos importantes da Turquia, incluindo Erdogan. O executivo disse, na quinta-feira, que Erdogan, quando primeiro-ministro, autorizou pessoalmente dois bancos turcos a se juntarem ao esquema.

A Reuters não conseguiu contato com representantes dos ministros implicados por Zarrab no julgamento.

Ankara recebeu o testemunho como uma tentativa de prejudicar a Turquia e sua economia. Afirmou que foi um "claro complô" da rede do clérigo Fethullah Gulen, baseado nos EUA, que o governo turco alega ter orquestrado a tentativa de golpe militar do ano passado.

A Turquia repetidamente exige a extradição de Gulen, mas oficiais americanos disseram que a Justiça exige evidências antes de extraditar o clérigo idoso, que negou qualquer envolvimento no golpe.


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