Folha de S. Paulo


Na Ásia, Putin e Trump dizem que não há solução militar para guerra na Síria

Os presidente dos EUA, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, acordaram que não há "solução militar" para acabar com a guerra na Síria.

A declaração foi feita pelo Kremlin neste sábado (11), quando os mandatários dos dois países estiveram juntos em evento do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico em Danang, no Vietnã.

O Kremlin disse que a declaração foi coordenada pelo ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, e pelo secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson. A Casa Branca, porém, não respondeu nem endossou as palavras do Kremlin.

Pelo comunicado, os dois países confirmaram a determinação de vencer o Estado Islâmico.

Com o Estado Islâmico sofrendo perdas na Síria, a atenção tem se voltado para o conflito mais amplo entre as forças do presidente Bashar al-Assad e as facções rebeldes.

A declarações do Kremlin amenizam as últimas tensões envolvendo os EUA e Rússia na Síria. Recentemente, militares russos disseram que os EUA combatiam o Estado Islâmico como se estivessem no Iraque e atrapalhavam a ofensiva apoiada pelo país de Putin na Síria.

Durante o encontro, Putin e Trump se saudaram em duas oportunidades, uma na sexta-feira (10) à noite e outra na manhã deste sábado.

Havia grande expectativa de um encontro oficial entre os dois presidentes. Desde que Trump assumiu a presidência dos EUA, houve apenas um com Putin, em junho, quando da cúpula do G20 na Alemanha.

O comunicado do Kremlin ainda afirmava que "os presidente confirmaram o compromisso com a soberania da Síria, sua independência", além da "necessidade de reduzir o sofrimento humano" no país. E fez um pedido para que a cúpula da ONU amplie a ajuda humanitária aos sírios nos próximos meses e encontre uma solução política para o conflito no país.


Endereço da página:

Links no texto: