Folha de S. Paulo


Presidente filipino ameaça enviada da ONU e diz que matou homem a facadas

Jorge Silva/Reuters
O presidente filipino Rodrigo Duterte durante encontro de preparação para o fórum Ásia-Pacífico
O presidente filipino Rodrigo Duterte durante encontro de preparação para o fórum Ásia-Pacífico

O presidente filipino, Rodrigo Duterte, afirmou na quinta-feira (9) ter matado uma pessoa a punhaladas quando era adolescente, em um discurso para defender sua guerra contra as drogas.

A fala foi feita no Vietnã, onde o mandatário está para participar do Fórum Ásia Pacífico, evento que inclui algum dos principais líderes mundiais, como o americano Donald Trump e o chinês Xi Jinping.

Na declaração para a comunidade filipina da cidade vietnamita de Danang, onde ocorre o fórum, Duterte também ameaçou dar um tapa em Agnès Callamard, enviada especial da ONU sobre as execuções sumárias ou arbitrárias. "Vou lhe dar uma bofetada na frente de todos. Porque você me insulta" disse ele sobre a diplomata, que critica a atuação do governo no caso.

Além disso, Duterte chamou de "filhos da puta" as pessoas que criticam sua campanha de repressão contra o tráfico de drogas.

"Quando eu era adolescente, entrava e saía da prisão, por brigas", afirmou o presidente filipino. "Com 16 anos, matei alguém. Uma pessoa de verdade, em uma briga, a punhaladas. Eu tinha apenas 16 anos. Foi por causa de um simples olhar. Quanto mais agora que sou presidente?".

Duterte, de 72 anos, foi eleito em 2016 após prometer que erradicaria o narcotráfico no país, eliminando 100 mil supostos traficantes e usuários de drogas.

Desde a sua chegada ao poder, há 16 meses, a polícia anunciou ter matado 3.967 personas. Outras 2.290 pessoas morreram em casos vinculados a drogas. Outras milhares de pessoas perderam a vida em circunstâncias não esclarecidas, segundo os dados da polícia.

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