Folha de S. Paulo


Coreia do Norte diz que considera teste de bomba de hidrogênio no Pacífico

KCNA/Reuters
North Korean leader Kim Jong Un provides guidance on a nuclear weapons program in this undated photo released by North Korea's Korean Central News Agency (KCNA) in Pyongyang September 3, 2017. KCNA via REUTERS ATTENTION EDITORS - THIS PICTURE WAS PROVIDED BY A THIRD PARTY. REUTERS IS UNABLE TO INDEPENDENTLY VERIFY THE AUTHENTICITY, CONTENT, LOCATION OR DATE OF THIS IMAGE. NOT FOR SALE FOR MARKETING OR ADVERTISING CAMPAIGNS. NO THIRD PARTY SALES. NOT FOR USE BY REUTERS THIRD PARTY DISTRIBUTORS. SOUTH KOREA OUT. NO COMMERCIAL OR EDITORIAL SALES IN SOUTH KOREA. THIS PICTURE IS DISTRIBUTED EXACTLY AS RECEIVED BY REUTERS, AS A SERVICE TO CLIENTS. TPX IMAGES OF THE DAY ORG XMIT: SIN202
O ditador Kim Jong-un inspeciona o que seria uma bomba de hidrogênio na Coreia do Norte

A Coreia do Norte voltou a desafiar a comunidade internacional nesta sexta-feira (22) e disse que pode testar uma bomba de hidrogênio sobre o oceano Pacífico.

O anúncio acontece após o presidente Donald Trump afirmar na ONU que os Estados Unidos podem ter de destruir o país asiático, e o ditador Kim Jong-un responder que o país norte-americano vai pagar caro por suas ameaças.

De acordo com o ministro de Relações Exteriores norte-coreano, Ri Yong-ho, a Coreia do Norte considera o teste em uma "escala sem precedentes". O ministro está em Nova York, nos EUA, onde deve discursar nesta sexta na Assembleia Geral da ONU.

Após a declaração, Trump disse que Kim é "obviamente um louco".

"Kim Jong Un, que não se importa em matar ou deixar sua população morrer de fome, será testado como nunca antes", publicou o presidente dos EUA no Twitter.

Assista ao vídeo

No dia 3 de setembro, a Coreia do Norte realizou o seu teste mais potente até hoje com o que seria uma bomba de hidrogênio. A potência estimada da explosão foi de 250 quilotons, ou seja, 16 vezes a força da bomba atômica que destruiu a cidade japonesa de Hiroshima em 1945.

Desta vez, Pyongyang ameaça explodir o artefato fora de seu território. O teste seria considerado uma grande provocação por Washington e seus aliados, uma vez que todas as seis explosões nucleares em exercícios da Coreia do Norte desde 2006 aconteceram em território norte-coreano.

Em tentativa de sufocar ainda mais o regime norte-coreano, Trump e a União Europeia anunciaram nesta quinta (21) mais sanções contra Pyongyang. A medida amplia a retaliação a pessoas, empresas e entidades que mantiverem transações com o país comunista.

PREOCUPAÇÃO

O ministro da Defesa japonês, Itsunori Onodera, disse que um teste norte-coreano no Pacífico pode representar novo míssil que sobrevoe o Japão.

Onodera disse que a Coreia do Norte tem a capacidade de realizar teste de bomba de hidrogênio em um míssil de médio alcance ou em um míssil balístico intercontinental, citando dados sobre o desenvolvimento de armas nucleares norte-coreanas.

Nos últimos meses, o regime norte-coreano disparou dois mísseis que sobrevoaram o Japão, aumentando a tensão entre os dois países.

Em meio a troca de ameaças entre EUA e Coreia do Norte, a China disse nesta sexta que a situação na península coreana é "complicada e sensível" e pediu moderação aos dois lados.

"Todas as partes relevantes devem exercer a moderação em vez de se provocarem", disse o ministro de Relações Exteriores chinês, Lu Kang. "Acreditamos que somente se as partes encontrarem um meio termo poderão realmente resolver a questão da península coreana e estabelecerem a paz e estabilidade".

A China já sugeriu que Pyongyang interrompa suas atividades nucleares e que os EUA, em troca, suspenda seus exercícios militares na região.

Editoria de Arte/Folhapress

Endereço da página:

Links no texto: