Folha de S. Paulo


Embaixadora dos EUA diz que ONU esgotou suas opções sobre Pyongyang

A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Nikki Haley, disse neste domingo (17) que o Conselho de Segurança da entidade esgotou as suas opções na contenção do programa nuclear da Coreia do Norte. Com isso, segundo ela, o país norte-americano pode ter de entregar os assuntos relacionados a Pyongyang ao Pentágono.

"Nós esgotamos todas as coisas que poderíamos fazer no Conselho de Segurança neste momento", disse Haley ao "State of the Union" da CNN, acrescentando que estava "perfeitamente feliz" em entregar o caso ao secretário de Defesa dos EUA, James Mattis.

De acordo com Haley, os EUA estão tentando "todas as possibilidades" por um diálogo com o ditador Kim Jong-un. Ela ressaltou, entretanto, que também há "muitas opções militares na mesa".

Na quinta-feira (14), a Coreia do Norte voltou a desafiar a comunidade internacional ao lançar novo míssil que sobrevoou o Japão. O teste aconteceu dias após a ONU impor novas sanções a Pyongyang, que proíbem as exportações têxteis norte-coreanas e restringem o seu abastecimento em petróleo e gás.

Foi o último de uma série de disparos que o regime norte-coreano vem realizando desde julho, quando o país testou mísseis intercontinentais.

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Nesta semana, a Coreia do Norte deve ser assunto na Assembleia Geral da ONU, que conta com a participação de diversos chefes de Estado.

No sábado (16), o embaixador da China em Washington disse que os EUA devem parar de ameaçar a Coreia do Norte e "fazer mais" pelo diálogo.

KUAIT

O Kuait deu o prazo de um mês para que o embaixador norte-coreano deixe o país, segundo a agência de notícias France Presse citando um diplomata kuaitiano que não quis ser identificado.

Além da redução da representação diplomática, o Kuait decidiu suspender a entrega de vistos a cidadãos da Coreia do Norte. Hoje, entre 2.000 e 2.500 norte-coreanos trabalham no país, segundo o mesmo diplomata.

Eles terão de deixar o país quando o projeto, para o qual foram contratados, chegar ao fim.

A medida surge dez dias após conversas entre o emir do Kuait, Sabah al-Ahmad al-Jaber al-Sabah, e o presidente dos EUA, Donald Trump.

Editoria de Arte/Folhapress

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