Folha de S. Paulo


Flórida tem áreas devastadas e sem luz, mas aeroportos reabrem

Os moradores da Flórida começaram a retornar nesta terça (12) as suas casas após a passagem do furacão Irma e encontraram um cenário de destruição.

Até 6,1 milhões de casas estão sem luz no Estado, o que equivale a 12,5 milhões de pessoas —a população total da Flórida é de 20 milhões.

O cenário é ainda pior devido as altas temperaturas do fim do verão na região, com média acima dos 30°C.

"Energia, energia, energia", disse o governador do Estado, Rick Scott, sobre a prioridade no momento. "A melhor coisa que podemos fazer para ajudar as pessoas é trazer a energia delas de volta", disse ele.

A expectativa é que a energia seja parcialmente restabelecida até o fim desta semana. Regiões mais afastadas, porém, terão que esperar até dez dias para ter luz novamente.

Com a volta da população a região atingida, a expectativa é que o número de mortos suba nos próximos dias. Pelo menos 45 pessoas morreram em decorrência da tempestade, 13 delas nos Estados Unidos e o restante no Caribe.

Após a passagem do furacão Irma, aeroportos na Flórida que haviam suspendido os voos devem reabrir parcialmente para o tráfego aéreo nesta terça.

Rebaixado mais uma vez, agora para depressão tropical, o Irma chegou a ser classificado como furacão de categoria 5 –a mais alta– e provocou o cancelamento de dezenas de voos em aeroportos de cidades como Orlando, Fort Lauderdale e Miami.

Algumas áreas do arquipélago de Flórida Keys, por sua vez, permitirão também nesta terça que os moradores retornem para avaliar os danos causados pelo Irma. O fenômeno foi responsável pela destruição de casas e deixou milhares de norte-americanos sem energia elétrica.

Segundo a Agência Federal de Gestão de Emergências dos Estados Unidos, um quarto das construções do arquipélago foi destruído pela tempestade. O local foi um dos mais atingidos pela tempestade.

De acordo com o Departamento de Defesa dos Estados Unidos, militares distribuirão alimentos em Flórida Keys e ajudarão a retirar cerca de 10 mil habitantes que não deixaram as suas casas antes da tempestade e estão em áreas ainda alagadas.

A equipe deve contar com o auxílio do porta-aviões do país Abraham Lincoln, que está a caminho das regiões mais afetadas.

A comissária do condado de Monroe, Heather Carruthers, disse que o número de mortos deve aumentar.

"Estamos encontrando alguns restos mortais", disse Heather à rede CNN.

Autoridades pedem para que a população tome cuidado com fios elétricos derrubados, esgoto sem tratamento e também com fauna deslocada, como serpentes e jacarés.

Imagens feitas por moradores do arquipélago mostram casas devastadas pelos ventos que atingiram até 210 km/h e deixaram Flórida Keys sem energia, água encanada e serviço de celular.

Após sobrevoar a área, o governador da Flórida, Rick Scott, disse que Flórida Keys ficou "devastada", e que diversos veículos foram destruídos.

O arquipélago de Flórida Keys, que se estende do Golfo do México até a ponta da península da Flórida e se conecta ao continente por uma única rodovia estreita, foi uma das regiões mais atingidas pelo Irma nos EUA.

O presidente americano, Donald Trump, declarou estado de catástrofe natural na Flórida, medida que permite ao governo desbloquear verbas e recursos federais suplementares para socorrer a península afetada pelo Irma.

Segundo os meteorologistas, o olho do Irma continuará se movendo em direção ao Alabama nesta terça.

Editoria de Arte/Folhapress
Furacão Irma

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