A Coreia do Norte rejeitou nesta terça-feira (12) a resolução do Conselho de Segurança da ONU que impôs novas sanções a Pyongyang e disse que os Estados Unidos enfrentarão em breve "a maior dor" que já sentiram.
Nesta segunda (11), a ONU aprovou a oitava rodada de sanções contra a Coreia do Norte por seu programa nuclear desde julho de 2006. A medida foi tomada após o sexto e mais potente teste com bomba nuclear realizado pelo regime norte-coreano, no último dia 3.
Para o embaixador norte-coreano em Genebra, Han Tae Song, as sanções têm como objetivo atrapalhar o desenvolvimento da Coreia do Norte.
"O regime de Washington disparou um confronto político, econômico e militar, está obcecado com o jogo selvagem de reverter o desenvolvimento de força nuclear pela Coreia do Norte, que já atingiu a fase de finalização", disse Han Tae-song em Genebra à Conferência de Desarmamento, promovida pela ONU.
Segundo Han, "as próximas medidas da Coreia do Norte farão com que os EUA sofram a maior dor que já experimentaram em sua história".
A nova resolução proíbe as exportações do setor têxtil pela Coreia do Norte e a venda de gás natural para o país, além de limitar as importações norte-coreanas de petróleo. Para o embaixador de desarmamento dos EUA, Robert Woods, a medida pode contribuir para a desnuclearização de Pyongyang.
"Minha esperança é que o regime ouvirá a mensagem em alto e bom som e escolherá um caminho diferente", disse Woods, no fórum em Genebra.
MAIS PRESSÃO
Também nesta terça, Japão, Coreia do Sul e EUA afirmaram que estão preparados para fazer mais pressão caso Pyongyang se recuse a encerrar o seu desenvolvimento de armas nucleares e de mísseis balísticos.
"Se ele [ditador norte-coreano Kim Jong-un] concordar em interromper seu programa nuclear, pode reivindicar seu futuro. Se a Coreia do Norte continuar em seu caminho perigoso, continuaremos pressionando mais", disse a embaixadora norte-americana na ONU, Nikki Haley.
Haley creditou uma "amizade forte" entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder chinês, Xi Jinping, pelas negociações bem-sucedidas que levaram à resolução.
O texto aprovado foi menos duro do que o inicialmente esboçado pelos EUA para obter o apoio da China, principal aliada e parceira comercial de Pyongyang, e da Rússia, ambas detentoras de poder de veto no Conselho de Segurança da ONU.
Editoria de Arte/Folhapress | ||