Folha de S. Paulo


Manifestação por vítimas de Pinochet acaba em confronto no Chile

Claudio Reyes/AFP
Manifestantes entram em confronto com a polícia em protesto em Santiago, no Chile

Um protesto que reuniu cerca de 5.000 pessoas neste domingo (10) em Santiago para recordar as vítimas da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990) terminou em violentos confrontos entre encapuzados e a polícia.

O ato —convocado por entidades de direitos humanos e familiares de detidos e desaparecidos durante o regime militar— é realizado anualmente em torno do dia 11 de setembro, data do golpe liderado por Pinochet que derrubou o presidente socialista Salvador Allende, há 44 anos.

A manifestação terminou no cemitério geral de Santiago, onde encapuzados depredaram estações do metrô, uma clínica, agências bancárias e postos de gasolina, além de levantar barricadas.

A polícia, que montou um forte esquema de segurança em torno da passeata, dispersou os encapuzados com bombas de gás lacrimogêneo e jatos d'água.

Seis policiais ficaram feridos e 25 manifestantes foram detidos durante os distúrbios, informaram as autoridades.

A ditadura de Pinochet deixou 3.200 mortos e desaparecidos, além de 38 mil torturados, segundo números oficiais.


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